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Segundo os responsáveis as obras podem arrancar em breve

Os concursos públicos para execução da Periférica à cidade da Covilhã, bem como o troço que separa a Cidade Neve de Unhais da Serra, e que fará parte do futuro IC6, vão ser abertos até final do ano. A garantia terá sido deixada ao autarca Carlos Pinto na última sexta-feira, 22, pelo ministro das Obras Públicas, António Mexia, na reunião onde se discutiram as portagens e alternativas, realizada em Belmonte.
Segundo o autarca serrano, no que diz respeito ao IC6, o perfil de auto-estrada "é uma discussão ainda a ter. Vamos esperar para mais tarde o lançamento completo do Covilhã-Seia, que é o primeiro troço. Penso que no actual estado de coisas o melhor é assumir este troço (Covilhã/Unhais) tal qual está projectado, com o estudo de impacto ambiental, já que é uma via que serve perfeitamente o interior do concelho. Depois, a partir daí, fazer o troço completo em perfil de auto-estrada" afirma Carlos Pinto.
Recorde-se que já este ano o autarca escreveu ao primeiro-ministro Santana Lopes, depois de o ter feito também em relação a Durão Barroso, lembrando esta "velha aspiração" que é ter uma auto-estrada até Coimbra pois este seria "um elemento estruturante para a região". As quatros vias existentes para chegar à Cidade dos Estudantes são más, e deixam os covilhanenses a mais de duas horas e meia daquela localidade, pelo que o IC6, em perfil de auto-estrada é, segundo Carlos Pinto, vital para o desenvolvimento da região. Por isso, o autarca defende mesmo a cobrança de portagem nesta futura via, de modo a que a obra possa ser financiada.
Segundo o presidente da Câmara da Covilhã, esta "é uma boa notícia, já que é uma via muito desejada. E depois há também a Periférica" que é outro dos desejos antigos dos covilhanenses e que permitirá desencravar o trânsito no centro da cidade, já que constituirá uma das acessibilidades à Serra da Estrela. Com uma extensão de 10 quilómetros, a via nascerá junto ao Parque Industrial do Canhoso, subindo a encosta da Serra em direcção à Ribeira de Flandres, passando por Cantar Galo, terminando no Parque Florestal. Segundo Carlos Pinto, as duas obras totalizam um investimento de 50 milhões de euros.