Por Susana Gomes


Os Quinta do Bill foram cabeças de cartaz na última noite da recepção

A noite começou cinzenta e chuvosa mas, a união era tanta que, aos poucos, a chuva deixou de se sentir e o ambiente foi pintado com as cores alegres de mais uma noite de Recepção ao Caloiro. Neste caso, a última, mas não a menos importante. De facto, esta era a noite para a qual as expectativas eram mais elevadas.
Sábado, 23 de Outubro. Os alunos da UBI aderiram, em peso, ao último dia de festa da academia, antes de as aulas começarem “a doer”. Mas, para além deles, público de todas as idades decidiu conhecer um pouco melhor, e “por dentro”, qual o ambiente da festa que a AAUBI, por tradição, oferece aos mais recentes alunos da Universidade.
As opiniões dividiam-se. Fingertips ou Quinta do Bill, quais seriam os primeiros a actuar? Ambos eram aguardados com enorme ansiedade e expectativa para a noite que se considerava como a de maior “farra e folia”.
Assim, depois dos “covers” dos portugueses GIG, é então chegado um dos pontos altos da noite. Os Fingertips entram em palco, e a energia do vocalista Zé, associada à música contagiante tocada pelos restantes elementos da banda, levou todo o pavilhão a cantar e saltar ao som de músicas mais mexidas como é o caso do mais recente single “How do you know me”. Por outro lado, temas como “Melancholic Ballad” e “Picture of my own”, mais calmos “pararam” todos os presentes, “arrastando-os” para um mundo de melancolia. De um extremo ao outro do pavilhão “típico” da Recepção ao Caloiro, a ANIL, todos cantaram. Já o “cover” Tainted Love, original de Soft Cell, levou o público a cantar e dançar, num ambiente contagiante.
No final do espectáculo, o vocalista Zé considerou este “como mais um espectáculo excelente, mais um grande passo na promoção do primeiro álbum da banda”. Afirmou mesmo que “as pessoas foram extremamente simpáticas, não podia ter corrido melhor”.
Depois de Fingertips decorreu o tradicional “Enterro do caloiro”, encenado pelo Teatr’UBI.
De seguida, outro ponto alto. Os Quinta do Bill levaram, mais uma vez, a energia do público ao extremo, fazendo-os saltar e cantar, como é tão comum nos seus espectáculos. Os temas “Voa, voa”, “Menino” e “Filhos da nação” foram cantados numa só voz: a do público. O fogo de artificio saído do palco em temas como “Voa, voa” e “Trilho do sol”, encerrou a noite.
No meio do espectáculo, em que o público e a banda gritavam “AAUBI”, Nuno Costa, presidente da mesma identidade, fez o balanço desta semana da recepção ao caloiro: “Foi a melhor de sempre!”.
Depois da actuação, o vocalista Moisés afirmou que o público da Covilhã “é excelente, fantástico, fomos muito bem recebidos”, sendo este um dos motivos que os fazem regressar, ano após ano. No ar, deixa a ideia de um novo álbum de originais, para breve, “principio de 2005”, e o desejo de regressar mais vezes.