A noite começou
cinzenta e chuvosa mas, a união era tanta que,
aos poucos, a chuva deixou de se sentir e o ambiente foi
pintado com as cores alegres de mais uma noite de Recepção
ao Caloiro. Neste caso, a última, mas não
a menos importante. De facto, esta era a noite para a
qual as expectativas eram mais elevadas.
Sábado, 23 de Outubro. Os alunos da UBI aderiram,
em peso, ao último dia de festa da academia, antes
de as aulas começarem “a doer”. Mas,
para além deles, público de todas as idades
decidiu conhecer um pouco melhor, e “por dentro”,
qual o ambiente da festa que a AAUBI, por tradição,
oferece aos mais recentes alunos da Universidade.
As opiniões dividiam-se. Fingertips ou Quinta do
Bill, quais seriam os primeiros a actuar? Ambos eram aguardados
com enorme ansiedade e expectativa para a noite que se
considerava como a de maior “farra e folia”.
Assim, depois dos “covers” dos portugueses
GIG, é então chegado um dos pontos altos
da noite. Os Fingertips entram em palco, e a energia do
vocalista Zé, associada à música
contagiante tocada pelos restantes elementos da banda,
levou todo o pavilhão a cantar e saltar ao som
de músicas mais mexidas como é o caso do
mais recente single “How do you know me”.
Por outro lado, temas como “Melancholic Ballad”
e “Picture of my own”, mais calmos “pararam”
todos os presentes, “arrastando-os” para um
mundo de melancolia. De um extremo ao outro do pavilhão
“típico” da Recepção
ao Caloiro, a ANIL, todos cantaram. Já o “cover”
Tainted Love, original de Soft Cell, levou o público
a cantar e dançar, num ambiente contagiante.
No final do espectáculo, o vocalista Zé
considerou este “como mais um espectáculo
excelente, mais um grande passo na promoção
do primeiro álbum da banda”. Afirmou mesmo
que “as pessoas foram extremamente simpáticas,
não podia ter corrido melhor”.
Depois de Fingertips decorreu o tradicional “Enterro
do caloiro”, encenado pelo Teatr’UBI.
De seguida, outro ponto alto. Os Quinta do Bill levaram,
mais uma vez, a energia do público ao extremo,
fazendo-os saltar e cantar, como é tão comum
nos seus espectáculos. Os temas “Voa, voa”,
“Menino” e “Filhos da nação”
foram cantados numa só voz: a do público.
O fogo de artificio saído do palco em temas como
“Voa, voa” e “Trilho do sol”,
encerrou a noite.
No meio do espectáculo, em que o público
e a banda gritavam “AAUBI”, Nuno Costa, presidente
da mesma identidade, fez o balanço desta semana
da recepção ao caloiro: “Foi a melhor
de sempre!”.
Depois da actuação, o vocalista Moisés
afirmou que o público da Covilhã “é
excelente, fantástico, fomos muito bem recebidos”,
sendo este um dos motivos que os fazem regressar, ano
após ano. No ar, deixa a ideia de um novo álbum
de originais, para breve, “principio de 2005”,
e o desejo de regressar mais vezes.
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