A cidade de Castelo Branco,
passou a dispor de um Centro Local de Apoio ao Imigrante
para o distrito. O novo centro que funciona em estreita
parceria com o Alto Comissariado para a Imigração
e Minorias Étnicas, é um espaço de
informação, descentralizado, que visa ajudar
a responder às questões que se colocam aos
imigrantes que escolheram como país de acolhimento.
Esta estrutura tem como missão proporcionar ao imigrante
um local de respostas às suas perguntas através
do Sistema Nacional de Informação ao Imigrante.
O atendimento em todos os centros é feito por um
animador responsável, de segunda a sexta-feira, entre
as 9 e as 14 horas. Estão disponíveis para
utilização dos utentes um posto multimédia
com acesso à Internet, uma impressora, um telefone
com acesso directo e exclusivo à Linha SOS Imigrante
e fichas temáticas em três línguas -
português, inglês e russo relativas a pontos
chave dos temas com maior relevância para o imigrante.
O novo espaço funciona em instalações
cedidas pela autarquia na sede do projecto de Luta Contra
a Pobreza "Porta Aberta", na Quinta da Fonte Nova,
resultando de um protocolo de cooperação entre
o Alto Comissariado para a Imigração e Minorias
Étnicas e a Associação de Desenvolvimento
Amato Lusitano.
Recorde-se que desde 2002, o projecto de luta contra a pobreza
tem prestado apoio às comunidades de imigrantes e
minorias étnicas a residir no concelho de Castelo
Branco, tendo auxiliado cerca de 100 estrangeiros.
Perante a procura constante de informações,
o projecto "Porta Aberta" chegou a fazer um estudo
da Lei de Imigração, de 25 de Fevereiro de
2003. Em parceria com o Serviço de Estrangeiros e
Fronteiras, o projecto passou a fazer a divulgação
através de uma rádio local, representando
tal para o presidente da Associação de Desenvolvimento
Amato Lusitano, Arnaldo Brás, a abertura deste centro
"o culminar de um trabalho que tem vindo a ser desenvolvido
pelo 'Porta Aberta', sem ter os meios que o centro disponibiliza".
Burocracia a mais
O secretário de Estado adjunto do ministro da
Presidência, Feliciano Barreiras Duarte, que presidiu
à inauguração do centro de apoio,
lembrou que "fomos um País de emigrantes,
factor que não podemos esquecer dado que em Portugal
somos 10 milhões e temos mais cinco milhões
espalhados por vários países" do mundo.
O governante, recordou que ao longo de dois anos e meio,
o Governo tem procurado uma verdadeira política
de imigração. "Estamos com a consciência
tranquila pelo trabalho que temos levado a efeito, mas
também conscientes daquilo que há ainda
para fazer".
Numa procura constante em resolver os problemas da imigração,
o padre António Vaz Pinto, Alto Comissário
para a Imigração e Minorias Étnicas,
considera "haver um teia excessiva de burocracia
que tem de ser simplificada, pois aquilo que hoje se ganha
por Lei ou decreto, acaba por se perder na secretaria".
O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco,
Joaquim Morão, afirmou. "Castelo Branco transformou-se
num grande centro de imigrantes, em que a maior parte
da sua actividade económica funciona com o trabalho
destes homens e mulheres, pelo que se nos dias de hoje
eles desaparecessem não sei como seria".
O autarca elogiou o trabalho desenvolvido junto da comunidade
imigrante, por parte da Igreja e Associação
Amato Lusitano, próximo daqueles mais carenciados. |