Apostar na qualidade
da formação das crianças e aumentar
o leque de escolhas, para dar a vitalidade de outros tempos
ao Conservatório de Música da Covilhã,
é o objectivo dos responsáveis pela instituição.
A nova equipa pedagógica, assim como o plano de
actividades e os novos projectos, foram apresentados na
última semana onde se sublinhou o grande aumento
do número de alunos nos últimos dois anos
e o desejo de receber ainda mais.
Segundo Barata Gomes, que preside à comissão
administrativa, por motivos vários, "há
dois, três anos, o Conservatório tocou no
fundo em termos de alunos", mas entretanto a situação
melhorou bastante e neste momento estão inscritos
97, pelo que "este objectivo foi conseguido".
Agora, depois de se apostar na renovação
de alguns espaços, "porque há o empenho
em ter maior conforto", pretende-se dar mais dinâmica
à instituição, consolidar o trabalho
feito e ter mais responsabilidades.
Rogério Peixinho, Paulo Dias e Paulo Ramos são
os elementos que compõem a direcção
pedagógica. "O objectivo não é
crescer em quantidade mas em qualidade, de modo a que
daqui a seis ou sete anos esta volte a ser uma escola
modelo em Portugal, como foi no passado", frisa o
coordenador, Rogério Peixinho.
Para já, as actividades viradas para o exterior
vão ser reduzidas, para não prejudicar o
trabalho pedagógico, mas já estão
agendados os concertos de Páscoa, do dia de Santa
Cecília, um concerto de professores, em Maio, e
no mesmo mês um outro que vai envolver todas as
actividades da escola. Novidade são os ateliers
de sensibilização que o conservatório
vai fazer nas semanas a seguir ao Natal e à Páscoa
para alunos do quarto ano das escolas da Covilhã.
Actualmente os alunos têm à disposição
formação em piano, saxofone, violino, violoncelo,
técnica vocal, clarinete, percussão, viola,
contrabaixo, flauta transversal, formação
musical e o coro, mas está em perspectiva também
a abertura de trompete, guitarra e bateria. Outra das
intenções dos responsáveis é
a criação de uma orquestra de cordas.
O Conservatório tem ainda a funcionar o ensino
pré-primário e o primeiro ciclo, onde andam
55 crianças, e outras actividades como o ballet
e o karaté, para além do orfeão e
de outras iniciativas viradas para o exterior. O orçamento
para este ano ronda os 600 mil euros e é comparticipado
em 60 por cento pelo Ministério da Educação.
Um dos problemas da instituição, que é
gerida há dois anos por uma comissão administrativa,
é não ter quem queira assumir a direcção.
Ainda este mês realiza-se uma Assembleia Geral,
onde se espera que apareçam interessados. Barata
Gomes diz que não está disposto a avançar
para liderar a direcção, embora esteja disponível
para integrar uma equipa e saliente que não quer
abandonar o projecto.
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