A Covilhã recebeu um pacote
de aproximadamente dois milhões de euros em obras
|
Dia da cidade
A festa dos milhões
Em dia de aniversário
distingiram-se instituições e personalidades.
A Covilhã, aos 134 anos como cidade, recebeu dois
milhões de euros em obras. Presentes entregues
pelo conterrâneo e ministro das Cidades, da Administração
Local, da Habitação e do Desenvolvimento
Regional , José Luís Arnault.
|
Por Eduardo
Alves
|
|
|
OFoi um salão nobre
repleto de gente que assistiu à distinção
de três instituições e duas individualidades.
Como é tradição, a Câmara Municipal
da Covilhã, nas comemorações do dia
da cidade “retribui o trabalho e a dedicação
que as entidades e as pessoas de valor dão a esta
localidade”. A descrição de tal propósito
sai da boca de Carlos Pinto, presidente da autarquia. Para
tal gesto foram, este ano, escolhidos o Rotary Club, a Santa
Casa da Misericórdia e a Associação
Cristã da Mocidade. Organizações que
receberam a sua medalha da cidade juntamente com dois filhos
da terra, Alfredo Pinto da Silva e Manuel Mesquita Nunes.
O presidente da autarquia sublinhou “o muito que a
cidade tem ganho com o trabalho de todos os que hoje são
homenageados”.
A singeleza do discurso mudou um pouco quando Pinto começou
por apontar “a obra feita neste tempo de Câmara”,
mas também aquela que ainda está por fazer.
Numa aritmética de construções, as
críticas do autarca social-democrata vão para
as contas do Orçamento de Estado que “no ponto
das verbas dadas à Covilhã a colocam em igual
com uma qualquer vila”.
Pinto descreve ao ministro das Cidades que os dinheiros
dados à Câmara covilhanense têm servido
para “criar emprego, como é o caso do Parque
Industrial do Tortosendo, novas estruturas de lazer, como
a Jardim do Lago, e vias para o futuro, como é o
Parkurbis”. Foi pois com tom entusiasmado que Carlos
Pinto e José Luís Arnault assinaram vários
protocolos, num montante total de cerca de dois milhões
de euros. Os dinheiros comunitários, desencravados
por Lisboa, vão dar ao Teixoso um novo Largo do Mercado
e pagar a recuperação do Bairro das Machedes,
no Tortosendo. Duas intervenções a rondar
os 700 mil euros. Também contemplada nestes documentos
a intervenção no centro cívico de Cantar
Galo, uma obra de 470 mil euros, à qual se juntam
a construção de um parque de feiras no Tortosendo,
e a requalificação da rua General Humberto
Delgado, empreitadas a rondar os 300 mil euros. Para além
de todos estes presentes, Arnault referiu ainda que vai
“fazer tudo o possível para que se verifique
um reforço das verbas destinadas à construção
de uma piscina-praia”, na sua cidade natal.
Igreja da Estação com fundos do Estado |
O monumento vai ser acabado com fundos cedidos pelo
poder central |
AO ministro das Cidades trouxe ainda mais uma surpresa.
Com os bolsos carregados de “fundos europeus”,
Arnault deu à Covilhã vários presentes
na comemoração do seu 134º aniversário.
Um presente pouco esperado e por isso mais surpreendente
foi o pacote de 750 mil euros para a conclusão da
igreja da Estação. Este responsável
pela pasta das cidades e do ordenamento do território
falou da actual construção como uma obra que
“nasceu com pés de barro”. Daí
que tenha de “existir um esforço suplementar
do Estado para tentar corrigir o erro feito no passado”.
As verbas agora dadas pelo ministério dirigido por
Arnault destinam-se a concluir o monumento religioso. Há
vários anos que a construção da igreja
está mergulhada em impasse camarários e erros
estruturais que têm impedido a conclusão da
obra. |
|
|