A
Vila
de M. Night Shyamalan
Por
Catarina Rodrigues
O
excelente argumento e as óptimas interpretações
são os factores que à partida sobressaem
no mais recente filme realizado por M. Night Shyamalan.
Este é, sem dúvida, um daqueles filmes que
nos faz reflectir ao sabor de uma história que
consegue surpreender a cada momento, ou não fosse
já essa uma das características que o realizador
incute nos seus trabalhos.
Em 1897, a população de uma pequena vila
na Pensilvânia vive uma existência aparentemente
pacífica e perfeita. No entanto, conhece há
muito, a existência de criaturas misteriosas que
vivem nos bosques que rodeiam as suas casas. Quando marcas
vermelhas surgem nas portas, as pessoas começam
a suspeitar que as criaturas podem ter intenções
menos boas. O terror pelo que se esconde na floresta começa
a dominar todas as mentes e ninguém ousa atravessar
os limites da povoação. Quando o curioso
e teimoso Lucius Hunt (Joaquin Phoenix) planeia ultrapassar
esses limites e entrar no desconhecido, a sua acção
ameaça mudar para sempre o futuro da localidade.
“A Vila” é um filme sobre o medo, mas
não um filme de terror. É também
uma história de amor, de inocência e de coragem
que retrata sentimentos e emoções contraditórios.
No fundo, tem os ingredientes necessários para
construir uma alegoria sobre a humanidade. Depois de “Sinais”,
“ O Sexto Sentido” e “O Protegido”,
Shyamalan já ganhou, com apenas quatro filmes,
o estatuto de novo mestre do suspense, sendo muitas vezes
comparado a Alfred Hitchcock.
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