Estudar e perceber
os objectos, os conceitos, a matéria, as ferramentas,
as condicionantes e os fins da prática e da teoria
do desenho foram os objectivos de Francisco Tiago Antunes
Paiva. O investigador apresentou e justificou no passado
dia 12 o Relatório de uma aula teórico-prática
subordinada ao tema "Escala e Proporção".
No dia seguinte, perante um júri composto por Inmaculada
Jiménez Huertas, professora catedrática
de Desenho da Facultad de Bellas-Artes da Universidade
do País Basco, que arguiu, António Carreto
Fidalgo, professor catedrático do departamento
de Comunicação e Artes da Universidade da
Beira Interior e António Rebelo Delgado Tomás,
professor auxiliar do departamento de Comunicação
e Artes da UBI, discutiu-se o trabalho de síntese,
intitulado, "O Que Representa o Desenho Moderno?".
Após dois dias de provas e de alguns anos de prática
docente e de investigação, Francisco Paiva
refere que a obra de arte está para lá da
matéria, mas que esta é um meio para se
atingir um fim. Segundo este investigador, que analisou
o trabalho dos mais reconhecidos autores e artistas do
período compreendido entre o Quattrocento e a contemporaneidade,
o desenho deve ser encarado como um mediador. Em toda
a obra transparece o pensamento e uma vontade humana.
Mesmo no desenho assistido por computador é o homem
a comandar, sublinha o autor deste trabalho. Nenhuma máquina
cria arte.
A arte é "uma forma de expressão e
de materialização das inquietudes e dos
projectos mais ambiciosos e nobres do homem", adianta
Francisco Paiva. E por falar em expressão, este
trabalho também aborda a etimologia e a evolução
da palavra "desenho". O autor destas provas
fala ainda na institucionalização do ensino
desta arte, "a mãe de todas as artes".
Concepções e teorias que lhe valeram a aprovação
com classificação de "Muito Bom".
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