Dentro em breve, alguns
projectos a decorrer na UBI, no âmbito da Engenharia
Sísmica, podem ser realizados em colaboração
com o LNEC. Logo após a visita de Rogério
Bairrão, engenheiro mecânico e membro da
Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica (SPES),
os responsáveis da UBI e o convidado falaram sobre
futuras ligações.
As parcerias entre as instituições em causa
devem continuar, a breve trecho, com a realização
de aulas práticas e palestras, como a que foi organizada
por António Mendes, docente do Departamento de
Engenharia Electromecânica, na passada sexta-feira,
15, no anfiteatro 8.1. Posteriormente, a ligação
actualmente existente entre as duas instituições,
que surgiu no âmbito do doutoramento de Helder Correia,
assistente do Departamento de Engenharia Electromecânica,
poderá vir a ser reforçada e projectos que
estejam a decorrer quer na UBI quer no LNEC, podem passar
a ser realizados em conjunto.
Quanto ao tema trazido por Rogério Bairrão,
investigador principal do LNEC, os alunos de engenharia
tomaram conhecimento com um ramo da construção
“que não é muito levado em linha de
conta”. Segundo este investigador, “existe
um bom conhecimento do tipo de construção
que se deve utilizar, assim como, dos materiais a empregar
e até de como fazer as coisas bem feitas”.
No entanto, a falta de fiscalização, a pouca
atenção dada pelos proprietários
e o descuido dos construtores “fazem com que os
imóveis portugueses não estejam protegidos
para abalos sísmicos”.
Este elemento da SPES refere que as grandes construções,
como pontes, obras públicas e outras “são
vistoriadas e cumprem com os requisitos”. O problema
está “nas habitações de cada
um de nós”, acrescenta. A resolução
deste problema passa pela maior fiscalização
dos responsáveis, bem como, “uma mobilização
da sociedade civil”. Na perspectiva deste engenheiro,
os proprietários devem saber o tipo e a forma de
construção da sua casa, os materiais e a
segurança colocados no imóvel.
Um outro ponto abordado ao longo da palestra foi o dos
edifícios antigos. Para Rogério Bairrão,
a engenharia depara-se “com graves e difíceis
problemas”. No caso de edifícios centenários,
“o risco de colapso em situação de
sismo, é muito maior”. Um problema aumentado
pelo facto de “nesses casos, pouco há a fazer
se não demolir, como forma de precaução”.
Uma medida nem sempre acatada pelos proprietários.
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