O baptismo dos caloiros já faz parte da tradicção ubiana em receber os novos alunos
Baptismo ubiano
Novas regras, o mesmo espírito

Nesta última quarta-feira, 13 de Outubro, a tradição académica do Baptismo voltou-se a cumprir na UBI. Caloiros, veteranos, água e muita porcaria foram os protagonistas principais de uma tarde que se prometia... muito suja.


Por Liliana Ferreira


O ritual académico do Baptismo voltou-se a realizar, como já vem sendo norma, no Pólo das Engenharias. Contudo, este ano, o acontecimento ubiano deu-se mais cedo relativamente aos anos anteriores, apresentando também algumas alterações na organização. Por questões de segurança, este ano só foi permitida a entrada aos caloiros e a sete veteranos por curso. Todos os restantes alunos, que tanto ansiavam participar, de uma forma activa, na imundice do acontecimento, viram-se obrigados a assistir de camarote a todo o espectáculo das praxes. Outra alteração registada foi na sequência dos acontecimentos do Baptismo. Este ano, chegados os caloiros, estes foram directamente conduzidos à “pia” baptismal. Só após o efectivo baptismo, os caloiros foram então encaminhados para o recinto onde iriam prestar provas do quão bem sabem ser caloiros de modo a obterem o melhor lugar possível no desfile da Latada. A escolha de produtos a ser utilizada no recinto também sofreu condicionamentos. A maior baixa foi, de facto, a dos ovos, que por motivo de respeito à integridade física dos caloiros não fazem mais parte da panóplia de ingredientes permitidos no recinto.
À parte de restrições e condicionamentos, o Baptismo desenrolou-se num clima de festividade e animação a que até o sol com o seu calor não pôde faltar. De facto, a tarde apresentou-se soalheira e o frio, esse, só se fez anunciar já ao entardecer do dia. Puderam, então, desfrutar intensamente veteranos e caloiros de uma tarde em que a única chuva que se fez notar foi a de farinha, borras de café, vinho, iogurtes e outras misturas tais, que, não sendo sempre apreciadas, em dia de Baptismo são sempre benvindas e ninguém leva a mal. As roupas ficaram pestilentas, os cabelos nojentos e os rostos, alguns, de tanta sujidade, irreconhecíveis. Praxados e veteranos confundiam-se nesta “arena” improvisada em que já não importava sujar caloiros o que interessava era que a imundice fosse geral. Objectivo concretizado, todos seguiram os seus caminhos, cada um para o respectivo banho que tão ansiosamente desejavam.
A opinião parece consensual: o baptismo é uma diversão! Para o ano há mais.

Reportagem fotográfica