Quatro pontos compunham
a agenda de trabalhos da Câmara Municipal da Covilhã,
na passada sexta-feira, 15. Segundo o que o Urbi et Orbi
apurou junto do vereador da oposição, Miguel
Nascimento, as reuniões de carácter público
vão passar a servir apenas para gestão corrente
de trabalhos. Em tempo recorde, apenas 30 minutos, o executivo
passou por informações diversas, pela aprovação
da acta e concluiu com o balancete, visto não existir
qualquer intervenção do público.
Tal celeridade causou estranheza aos jornalistas e ao
próprio vereador da oposição que
questionou o presidente da autarquia sobre a falta do
ponto de discussão na agenda. A resposta da câmara
passou por dizer que “não existiam pontos
a discutir”.
Mas para quem estava algo surpreso, a manhã trazia
ainda mais novidades. Quando a comitiva de jornalistas
se dirigia para a sala de reuniões e de imprensa,
Patrícia Figueiredo, jornalista da Rádio
Clube da Covilhã e da Gazeta do Interior foi impedida,
por um elemento próximo do presidente da Câmara,
de entrar na sala. Perante a estranheza do sucedido, a
profissional questionou o referido indivíduo sobre
as causas do impedimento. Nada foi avançado à
profissional de comunicação que ficou de
fora do encontro onde estiveram apenas três jornalistas.
Quanto a este episódio, Carlos Pinto, presidente
da Câmara Municipal da Covilhã não
quis adiantar nada à visada nem aos restantes elementos
da comunicação social. Estes acontecimentos
foram precedidos por episódios menos bons de Carlos
Pinto. No passado dia 3 de Setembro, o autarca chegou
a empurrar o microfone da jornalista, apontou-lhe a porta
da rua e, entre gritos, referiu não ter medo da
comunicação social.
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