Por Eduardo Alves


A jornalista da Rádio da Covilhã ficou de fora da reunião por ordem do autarca

Quatro pontos compunham a agenda de trabalhos da Câmara Municipal da Covilhã, na passada sexta-feira, 15. Segundo o que o Urbi et Orbi apurou junto do vereador da oposição, Miguel Nascimento, as reuniões de carácter público vão passar a servir apenas para gestão corrente de trabalhos. Em tempo recorde, apenas 30 minutos, o executivo passou por informações diversas, pela aprovação da acta e concluiu com o balancete, visto não existir qualquer intervenção do público.
Tal celeridade causou estranheza aos jornalistas e ao próprio vereador da oposição que questionou o presidente da autarquia sobre a falta do ponto de discussão na agenda. A resposta da câmara passou por dizer que “não existiam pontos a discutir”.
Mas para quem estava algo surpreso, a manhã trazia ainda mais novidades. Quando a comitiva de jornalistas se dirigia para a sala de reuniões e de imprensa, Patrícia Figueiredo, jornalista da Rádio Clube da Covilhã e da Gazeta do Interior foi impedida, por um elemento próximo do presidente da Câmara, de entrar na sala. Perante a estranheza do sucedido, a profissional questionou o referido indivíduo sobre as causas do impedimento. Nada foi avançado à profissional de comunicação que ficou de fora do encontro onde estiveram apenas três jornalistas.
Quanto a este episódio, Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal da Covilhã não quis adiantar nada à visada nem aos restantes elementos da comunicação social. Estes acontecimentos foram precedidos por episódios menos bons de Carlos Pinto. No passado dia 3 de Setembro, o autarca chegou a empurrar o microfone da jornalista, apontou-lhe a porta da rua e, entre gritos, referiu não ter medo da comunicação social.