O fumo da caruma queimada
deu uma entrada “cénica” de Carlos
Pinto no Bairro do Rodrigo. A tarde de sábado,
16, prometia, com o sol a despontar, depois de uma manhã
nublada e o autarca também prometeu mais algumas
coisas. Assadas as castanhas, acompanhadas por costeletas
e entrecosto, assinado o papiro que haveria de ser “sepultado”
no fundo do Rodrigo, Pinto lança a primeira pedra
da futura sede do Centro Cultural e Desportivo do Rodrigo.
Num terreno “abandonado e desaproveitado”
vai nascer mais uma obra do Polis. Uma das últimas
planeadas para a cidade serrana. Entre a urbanização
que ladeia a rua Mateus Fernandes e a linha dos caminhos-de-ferro,
a Câmara da Covilhã prevê edificar
uma zona pedestre com espaços verdes e uma avenida
de ligação ao bairro.
Outra das intervenções pensadas para aquela
zona é a nova sede social do GIR do Rodrigo. O
clube de bairro, um dos mais carismáticos da cidade,
vai ganhar casa nova pelo seu 52.º aniversário.
A estrutura “que vai nascer da recuperação
de uma antiga casa de quinta”, proporcionará
aos associados, “melhores condições
do que a actual sede”, adianta Pinto. Numa tarde
marcada também por recados dirigidos à oposição,
mais precisamente à câmara do socialista
Jorge Pombo, o actual autarca referiu que “este
trabalho afronta muitos que diziam fazer alguma coisa
pelo associativismo”. Segundo o edil, “são
obras como esta, que se podem ver no terreno”, que
devem ser feitas e reivindicadas. A empreitada recorre
a fundos do Programa Operacional do Centro, através
do Eixo II. Os fundos comunitários vão assim
custear 75 por cento do Jardim do Rodrigo, intervenção
orçada em 897 mil 254 euros.
A escola de Santo António
já foi visita por duas equipas políticas
desde o começo do ano lectivo
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Inauguração de escola em Santo António
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Dos 32 estabelecimentos de ensino da Covilhã,
a escola de Santo António é a mais visitada
este ano. Depois da polémica suscitada por um relatório
do Ministério da Segurança Social, onde
eram apontadas falhas nos equipamentos escolares, na profissionalização
do pessoal auxiliar e até nas refeições
fornecidas aos alunos, a escola de Santo António,
que sofreu obras recentemente, foi escolhida pela Câmara
da Covilhã, como modelo a seguir.
Aquando da polémica abertura do ano escolar, a
16 de Setembro passado, José Portocarrerro Canavarro,
secretário de Estado da educação
deslocou-se ao concelho e visitou esta infra-estrutura,
no bairro covilhanense. Um mês passado, e foi a
vez de Carlos Pinto se deslocar à dita escola “para
a sua inauguração oficial”. Os pequenos
alunos voltaram a receber a comitiva de políticos
com cânticos e com o hino do bairro, tendo desta
vez mais alguma atenção por parte dos autarcas.
Pais, professores e diversos agentes educativos e sociais
sublinharam a importância das melhorias feitas na
escola. O antigo edifício, “sem as mínimas
condições”, deu lugar a uma nova estrutura
que dá outra ideia “do que é um estabelecimento
escolar”, refere Maria Lúcio, directora e
coordenadora da escola. Depois de “um ano em instalações
provisórias”, esta responsável diz
que a espera “valeu a pena”. Aproveitando
o discurso e o novo edifício, Pinto prometeu também
mais ajudas para o clube de Santo António. A colectividade
sedeada neste bairro da cidade serrana vai receber ajudas
para as suas actividades.
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