Alexandre S. Silva
NC / Urbi et Orbi


O embaixador da Rússia em Portugal, Bakhtir Khakinov (ao centro na foto) acredita numa possível colaboração com a Covilhã

Representantes de duas empresas russas do ramo aeronáutico deslocam-se na próxima quinta-feira, 21, à Covilhã para reunir com o presidente da Câmara, Carlos Pinto. A notícia foi avançada pelo próprio embaixador da Rússia em Portugal, Bakhtir Khakimov, que na passada semana, visitou, na “cidade neve”, o Aeródromo , o Parque de Ciência e Tecnologia (Parkurbis) e a Universidade da Beira Interior (UBI).
Segundo o diplomata, a visita teve como objectivo conhecer as estruturas de que a cidade dispõe para eventuais cooperações, em várias áreas, entre a Covilhã e a Rússia. Khakimov diz ter ficado “impressionado” com o que viu e afirmou estar “seguro da possibilidade de desenvolvimento de uma cooperação mútua e interessante” entre empresários locais e investidores russos. Os relacionamentos, defende, “devem existir não só entre governos, mas também entre cidades e outras entidades, desde que haja interesse para tal”. O embaixador sublinha ainda que a colaboração não tem necessariamente que ser apenas económica ou industrial, mas também pode passar por trocas culturais e lembra a recente actuação de uma companhia russa de bailado no Teatro-Cine da Covilhã.
Quanto aos representantes das duas empresas de construção de aeronaves, uma de aviões anfíbios (hidroaviões) e outra de helicópteros, vão deslocar-se à Covilhã depois de um seminário que vai reunir várias empresas do sector a actuar em Portugal. Carlos Pinto, presidente da Câmara, confirma a reunião, afirmando que este é “um primeiro passo na aproximação entre a Covilhã e uma nova possibilidade de investimento”. O edil afirma que “depois deste contacto, tudo pode acontecer”, mas ressalva que “hoje a competição é muito forte neste domínio”, pelo que também existe a possibilidade de as duas empresas não se sentirem interessadas em investir na cidade. Ainda assim, Pinto revela que já há projectos em curso “que tem a ver com a cooperação com a Rússia”, pelo que, admite a possibilidade de investimentos “num futuro próximo”.