A Autocrítica
no Jornalismo
Maria José
Mata
“Cabe aos profissionais da
informação impor a distância relativamente
aos seus "colegas" da comunicação,
instituindo o "corte semiótico" entre a explicação
dos factos e a sua implicação neles”.
Por Eduardo Alves
Os tons negros
e as cores berrantes estão em crescente afirmação
nas folhas dos jornais, nas capas das revistas, na prática
comunicativa. Sensacionalismo, falta de ética, pouca
deontologia, um rol de conceitos e posições
também começam a ganhar destaque na produção
de notícias.
Integrada na colecção “Comunicação”,
da Minerva Editores, a obra “A Autocrítica no
Jornalismo”, da autoria de Maria José Mata ganha
um significado, cada vez mais meritório, no mundo dos
Media.
Na grande maioria das situações, são
os próprios meios de comunicação social
que produzem, fomentam, empolam os acontecimentos sociais
que penas deveriam transmitir. Sem esquecer que a parte humana
e pessoal não pode ser descartada da produção
de notícias, a autora deste livro estuda o jornalismo
e os profissionais desta área através dos seus
produtos. Notícias, crónicas, reportagens são
matérias de análise por parte de Maria José
Mata.
A Autocrítica no Jornalismo contempla ainda uma outra
vertente bastante interessante. A figura do ombudsman, ou
provedor dos leitores e as mudanças operadas por este
actor no seio das redacções e das empresas jornalísticas
constituem também campos de análise deste livro.
Num período em que o jornalismo e os jornalistas são
cada vez mais postos em causa pela falta de auto e hetero
regulação, esta publicação faz
todo o sentido.
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