Foi uma autêntica
razia. Ninguém sobreviveu. Das quatro equipas da
Beira Interior que restavam (eram oito, inicialmente),
não sobrou nenhuma.
Apesar do descalabro generalizado, foi o Benfica albicastrense
quem mais perto esteve da quarta eliminatória.
Pelo menos, os pupilos de Quim Manuel conseguiram adiar
a eliminação até aos pénaltis.
A jogar em casa frente ao líder da sua divisão,
o Fátima, os encarnados nunca conseguiram impor-se
verdadeiramente. A equipa lutou até à exaustão,
mas o Fátima teve quase sempre o controlo. E depois
de alguns falhanços na hora do remate, o conjunto
orientado por Paulo Torres vai chegar à vantagem
aproveitando vários erros dos beirões. O
estreante guarda-redes Alemão bate mal um pontapé
de baliza e a bola sobra para Pimenta que não tem
qualquer problema para marcar à sua ex-equipa.
Só na segunda metade o Benfica conseguiu reagir.
Os encarnados pressionaram a partir do primeiro minuto,
mas só aos 63 conseguiram os seus intentos. Bruno
Matos, com um remate de “raiva” à entrada
da área devolve a igualdade ao marcador que haveria
de resistir ao resto do jogo e ao prolongamento de meia-hora.
Na marcação de grandes penalidades, os dois
guarda-redes brilharam com duas defesas cada na série
regular, que também terminou empatada. E só
ao sétimo remate se chegou ao vencedor com a defesa
de Batalha ao remate de prata.
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Leões perdulários em Viseu
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Em Viseu, o Covilhã pode queixar-se de falta de
sorte, mas também de si próprio. Os serranos
atiraram uma bola ao ferro, mas também falharam
uma grande penalidade que, a ser convertida com sucesso,
levaria o jogo para prolongamento. De resto, só
na segunda parte se viu bom futebol. Os primeiros 45 minutos
acabam por valer apenas pelo golo do Viseu, que até
já foi marcado bem para lá do tempo regulamentar,
ao segundo minuto de descontos, através de um pénalti
a castigar uma falta muito duvidosa de Trindade.
No segundo tempo as coisas continuaram a correr mal para
os serranos. Logo no primeiro minuto, os viseenses ampliam
a vantagem com um golo de Caju, e quando Fernando Pires
mexe profundamente na equipa, efectuando três substituições
de uma assentada, vê a sua equipa ser reduzida a
dez elementos por expulsão de Luizinho que acabara
de entrar. Apesar de jogar em inferioridade, os leões
ainda conseguiram reduzir com um golo de pimenta aos 60
minutos, e massacrar a área adversária.
Mas o falhanço de Zé d’Angola, que
permitiu a defesa a Zé Carlos ao bater mal uma
grande penalidade, arruinou as aspirações
da equipa.
Mais emocionante ainda foi o embate entre o Idanhense
e o Rio Maior. A jogar em casa os raianos também
acabaram afastados num jogo “rasgadinho” que
terminou com sete golos, três dos quais –
mais um anulado – nos primeiros cinco minutos. O
conjunto raiano coloca-se em vantagem ao segundo minuto,
mas bastaram mais três para os forasteiros virarem
o resultado. A meio da primeira parte o conjunto local
volta a igualar, mas ainda antes do intervalo, a turma
visitante volta a desfazer a igualdade. No segundo tempo
a história repete-se: o Idanhense anula a vantagem
aos 63 minutos, mas a dez do fim, o Rio Maior carimba
a passagem à quarta eliminatória com um
golo de Gabriel.
Igual sorte teve ainda o Souropires, do distrito da Guarda.
A formação Pinhelense recebeu o Almacilense
e não evitou a derrota por 1-3, ficando, assim,
também afastada da competição.
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