A Internet tem destas
coisas. Romper fronteiras de espaço e tempo, criar
comunidades e transformar a mais ténue das vozes
num grito universal. Com o sentido virado para as novas
tecnologias e respectivas potencialidades, a Associação
de Teatro e Outras Artes (ASTA) vai promover a uma peça
de teatro virtual.
Um projecto pioneiro que visa a construção
de uma peça “através da utilização
da Internet”, explicam os responsáveis em
conferência de imprensa apresentada esta semana
nas instalações da empresa que vai ajudar
no suporte técnico. Este “veículo
de aproximação e de intercâmbio de
ideias e pensamentos entre as pessoas” vai também
ser o condutor de um projecto arrojado por parte da ASTA.
Para além da aproximação do teatro,
como arte milenar, às novas tecnologias da comunicação,
os promotores da ideia têm ainda como objectivo
“sensibilizar as pessoas, para o mundo do teatro
e da cultura em geral”.
Os passos cibernéticos
Com a data de arranque marcada para o dia da cidade da
Covilhã, 20 de Outubro, o Teatro Virtual divide-se
em quatro etapas distintas. A primeira das quais, relacionada
com a criação do texto desenrola-se através
de um chat próprio criado na página oficial
deste evento. Aí, todos os inscritos podem colocar
sugestões e alterações à peça,
durante oito semanas consecutivas. As outras três
etapas, concurso on-line e ensaios, montagem final e apresentação
pública vão decorrer durante o próximo
ano e têm data de conclusão marcada para
Maio de 2005.
Com a Internet como veículo de excelência
nesta peça, a ASTA espera “que através
de um processo interactivo e democrático, os participantes,
mesmo à distância, possam ser intervenientes
activos do projecto”.
Para os interessados em participar nesta actividade o
acesso é feito através do site do projecto,
onde os cibernautas podem obter o seu acesso. Cada utilizador
ficará com um cartão de identidade onde
tem o seu nick name, a idade e o endereço de e-mail.
Dados que lhe permitem ter acesso a todas as actividades
do projecto.
Os promotores referem que esta ideia surgiu após
“um reflexo sobre a incursão das novas tecnologias
nas vivências do dia-a-dia”. Este teatro virtual
pretende também “apresentar novas tecnologias
para o futuro”. António Abernú é
o coordenador do projecto.
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