A concelhia do Partido
Social Democrata de Castelo Branco alertou na passada
semana para a situação caótica do
trânsito automóvel na cidade albicastrense.
José Carlos Beato, presidente da concelhia lembra
que "não é possível fazer deslocações
no início e no final do dia sem perder meia hora
nas filas de trânsito que existem por toda a cidade".
Recordando "a qualidade de vida que possuíamos,
e que também se reflectia nos cinco minutos que
demorávamos a chegar a qualquer lado, hoje já
não existe", frisa Beato E diz que, bem pelo
contrário, "degradamos essa qualidade de vida,
em que por vezes até parece que vivemos uma grande
cidade, quando na verdade esta e os seus habitantes são
os mesmos de há sete anos. Mas o trânsito
está muito pior".
O dirigente social-democrata albicastrense, questiona
para "que nos servem mini-túneis, que não
retiram a circulação da superfície,
pseudo-circulares, que de circular só têm
o nome e que trazem o trânsito sempre para as mesmas
avenidas. De que nos serve acabarem com o estacionamento
se a razão é transformar pequenas ruas em
pseudo-avenidas de três faixas por onde querem fazer
passar todo o trânsito da cidade. Também
as dezenas de rotundas são estreitas e nem sequer
permitem a entrada ou a circulação de dois
carros em simultâneo". Bastante crítico,
lembra que "muito dinheiro continua a ser gasto,
algumas obras são inauguradas com muita pompa,
circunstância e foguetório, mas estas não
traduzem soluções de qualidade e de futuro
para a cidade".
Em termos comparativos com a cidade da Covilhã,
"tudo se torna mais complicado quando somos confrontados
com notícias que nos dizem que a sinistralidade
aumentou na cidade com a conclusão do túnel,
sendo esta superior à que ocorre na Covilhã,
quando se sabe ter esta um relevo muito mais difícil
e ruas antigas de menor dimensão".
Relativamente à Circular Interna, lembra que "em
sete anos de gestão socialista terá sido
construído um novo troço, na sequência
de um projecto muito antigo, ainda do tempo do PSD, e
hoje, a nosso ver, desactualizado para a realidade da
cidade. Ainda por cima no troço inaugurado temos
vias de duas faixas a entrar em pequenas rotundas do mesmo
número de faixas, o que impede a circulação
simultânea de dois veículos e torna estas
rotundas muito perigosas", pelo que "há
urgente necessidade de avançar para uma verdadeira
circular interna, que circunde toda a zona urbana, com
duas faixas de rodagem para cada lado, e na qual a circulação
se faça entre rotundas, sem entradas nem saídas
directas de trânsito".
Quanto às entradas da cidade, José Beato,
considera "urgente intervir rapidamente em algumas
delas", sendo exemplo a estrada Montalvão
EN 3 (entre a Volvo e o Elefante Azul), "continua
a ser uma via com muita ocupação e entradas
e saídas laterais, de alta perigosidade".
Também as rotundas existentes, são alvo
de duras críticas do presidente da concelhia do
PSD local. "Há algumas rotundas que não
permitem a circulação de dois veículos
lado a lado, e como tal não aumentam a fluidez
do trânsito. Noutros casos temos ruas de duas vias
a entroncar em rotundas de igual número, o que
obviamente aumenta o risco de acidentes". Também
o centro da cidade é alvo de críticas, já
que "o túnel agora construído, infelizmente
não tira todo o trânsito da superfície,
mas permite a circulação de este para oeste.
No entanto os problemas de trânsito continuam em
várias artérias, pelo que a sua reorganização
tem que, obrigatoriamente, fazer com que se pense mais
nos peões". Relativamente às obras
do Polis, Beato alerta para a zona da Sé. "Continuamos
a ter visas previstas para três veículos,
mas onde estes não cabem, por exemplo nos cruzamentos
em frente à Sé. De registar que em algumas
zonas intervencionadas os passeios para peões ficaram
ainda com largura inferior á que apresentavam anteriormente,
não possibilitando, por exemplo, que duas pessoas
se cruzem".
O líder laranja, considera que "a única
forma de reduzir o trânsito no centro da cidade
é com a implementação de uma rede
verdadeira de transportes urbanos, que não liguem
apenas a cidade à Zona Industrial, mas também
ligue aos bairros", lançando o repto para
"a criação de um metro de superfície
que, aproveitando a actual linha do combóio, ligasse
as freguesias de Retaxo á Lardosa, passando por
Benquerenças, Castelo Branco, Alcains e Lardosa.
E que, eventualmente se poderia estender aos concelhos
limítrofes de Vila Velha de Ródão
e Fundão".
Igualmente, "torna-se fundamental ter um Centro de
Coordenação dos vários transportes
de passageiros, sejam eles urbanos ou de turismo",
recordando a propósito que "a solução
é conhecida, mas continua a ser uma obra há
7 anos adiada".
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