Muitas pessoas aproveitam a época
de saldos para poder comprar
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Vendas em alta
Saldos terminam com balanço
positivo
A época de
saldos chega ao fim e, segundo os comerciantes da Covilhã,
o balanço é positivo. Porém, alguns
sempre dizem que nem nesta altura há dinheiro para
comprar.
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Liliana Machadinha
NC / Urbi et Orbi
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Com o fim da época
de saldos a chegar a opinião generalizada dos comerciantes
aponta para um balanço final positivo. Tanto no sector
de roupa como no calçado as estatísticas de
venda dos produtos apontam para mais de metade da colecção
vendida em saldos e promoções.
Para Paula Pinto, vendedora numa loja de roupa, cerca de
70 por cento da colecção, independentemente
da estação, é vendida nesta altura.
"As pessoas têm menos dinheiro e os comerciantes
são obrigados a fazer descontos maiores", afirma
Paula Pinto ao explicar o motivo desta "elevada percentagem"
de vendas neste período. Comenta ainda que o "balanço
positivo" se deve ao facto do estabelecimento comercial
onde trabalha ter começado as promoções
no mês de Junho e iniciar os saldos logo de seguida,
para os terminar a 28 deste mês. Já para Florbela
Paulo Rato, funcionária de uma boutique, este ano
termina em baixa. "O poder de compra é inferior
aos anos anteriores", justifica esta empregada o balanço
negativo. Apesar das vendas serem superiores em tempo de
saldos não é o suficiente “nem o pretendido"
nos objectivos desta loja para fechar o ano em pontos positivos.
Para além de não venderem o suficiente Florbela
Paulo Rato queixa-se de perdas em termos de stock, visto
não ser vendido também não pode ser
utilizado noutra colecção, pois estas são
sempre "diferentes".
Para a indústria do calçado o mercado apresenta
uma afluência de clientes distribuída durante
toda a estação. Ainda que se venda muito em
saldos por os preços serem mais "apetitosos",
cerca de metade da colecção é vendida
antes da época de descontos, afirma Valter Ramalhoso,
filho dos donos de uma sapataria. " Os stocks já
chegam limitados à altura de saldos", continua
e esclarece que tal facto acontece por ser um produto que
se tem em menor quantidade que roupa e que por este motivo
se gasta mais rápido. Outra diferença entre
estes sectores é que as sapatarias conseguem escoar
"praticamente" toda a sua colecção
de uma determinada estação, comenta Valter
Ramalhoso, opondo-se à situação pela
qual as lojas roupa passam. Numa outra sapataria, a situação
é semelhante e o balanço da estação
é igualmente positivo. Francisco Gabinete, neto dos
proprietários, contabiliza a percentagem da colecção
que vai para saldos entre os 20 e 25 por cento do total.
Também esta parcela de produto é "quase
sempre vendida na sua totalidade" em saldos, sustenta.
"Ainda ontem apareceu uma senhora que levou 20 pares
de sapatos que custam cinco euros cada, para os seus quatro
sobrinhos", narra com entusiasmo este neto que quando
pode dá uma "mãozinha" nas sapatarias.
Para Francisco Gabinete este exemplo reflecte o nível
de vida de muitas pessoas que aproveitam os saldos para
comprar "vários pares de sapatos pelo preço
de um ou dois". |
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