Portagens nas
SCUT's
Associação Empresarial quer que A23 fique
como está
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NC / Urbi et
Orbi
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"Não deve haver portagens. Não faz
sentido". É isto que o presidente da Comissão
Executiva da Associação Empresarial da Covilhã,
Belmonte e Penamacor (AECBP), Miguel Bernardo, defende
na A23, embora diga que a questão das portagens
não deve ser discutida no âmbito do "paga
ou não paga", mas ser vista dentro de dois
critérios: a despesa e o investimento.
Segundo Miguel Bernardo, o que se tem que saber a importância
que uma auto-estrada, na Beira Interior, tem. Por isso,
a questão é também alargada à
futura A25, que serve de saída para Norte a muitas
empresas do Interior. E toda esta questão, se for
vista do ponto de vista da despesa, leva a concluir que
no País também houve "outros exageros",
como na Carris ou TAP, salienta este responsável.
A A23, diz, "deve ser interpretada como um investimento
do Estado da mesma maneira em que este constrói
portos no Litoral. Por isso, temos que olhar o Interior
como o litoral da Europa" afirma.
Miguel Bernardo diz que a portagem "zero" que
existe deve manter-se, mas caso o Governo avance com a
medida, esta deve ser alvo de negociação.
"Temos que saber quanto tempo mais teremos esta benesse.
Se, por exemplo, estipular-mos que nos próximos
20 anos não se paga, haverá tempo para os
empresários saberem com o que contam. Não
se pode é, de orçamento para orçamento,
todos os anos, voltar a dizer que há ou não
portagens" explica Miguel Bernardo, que salienta
que as instituições terão que ter
tranquilidade para negociar. Outra das medidas que a Associação
defende é que, caso haja portagens, sejam assegurados
investimentos na região. "Queremos saber o
que será aqui feito, desde a ligação
a Coimbra, ao aeroporto da Covilhã, os túneis
e outras obras importantes. Teremos que negociar e assumir
o pagamento de portagens, mas com a segurança da
contratualização deste investimentos"
afirma o responsável da AECBP. Por isso, Miguel
Bernardo diz que a questão das portagens "não
se deve colocar às auto-estradas daqui, pois a
lógica da estratégia nacional, nos últimos
anos, foi a do investimento no Interior. Daqui a 20 anos,
por exemplo, admitimos que o problema se possa por, se
houver na região um desenvolvimento sustentado"
afirma.
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