Foi numa sexta-feira
quente que o auditório dos Serviços Municipalizados
de Água e Saneamento receberam a Assembleia Municipal.
Uma reunião marcada pelo mais recente projecto
de Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã.
O autarca quer reservar uma extensão de terreno
junto ao nó de acesso da Covilhã à
A-23, para “construir um aeroporto de raiz”.
Nas palavras do edil, este projecto é bem mais
viável do que a “reconversão do actual
aeródromo”. Contudo, os representantes dos
diferentes partidos políticos lembraram que há
pouco mais de dois anos, Pinto “apontava a reconversão
do aeródromo, como a única solução”.
Este, é pois, o segundo projecto a cair por terra
em menos de quinze dias. Recorde-se que a pretensão
de construir uma piscina na zona do Complexo Desportivo,
foi abandonada em detrimento da construção
desta junto ao Jardim do Lago. Um retrocesso que Miguel
Nascimento, único vereador da oposição
na autarquia covilhanense lembra como “desperdício
de tempo e dinheiro”. Carlos Pinto tinha já
ordenado um estudo para o actual aeródromo e para
a reconversão deste mesmo. No entanto, agora parece
ter voltado atrás e espera “que esta obra
seja feita num espaço reservado de 3 mil metros,
onde se vai proceder a vários estudos”. Este
retrocesso é explicado por Pinto devido “à
abertura, por parte do Governo, de construir no interior,
duas ou três estruturas aeroportuárias que
sirvam esta zona do País”.
Carlos Pinto defende, agora,
a construção de uma estrutura de
raiz
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Pista actual dá fundos para novo aeroporto
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Ao que parece, o autarca covilhanense tem planos bem
definidos para a ideia que marcou a Assembleia Municipal
da passada sexta, 24 de Setembro. Carlos Pinto refere
que este não é um projecto para o actual
mandato, “será algo para fazer mais tarde”.
No entanto, acrescentou que os fundos para uma construção
desta grandeza “têm de vir do actual aeródromo”,
o restante, “uma parte inferior, será suportada
pela administração central”.
Nos projectos do actual executivo camarário, “o
aeródromo da Covilhã vai dar lugar a um
espaço para urbanização”. A
venda dos respectivos terrenos é vista como o “melhor
modo de angariar fundos para a construção
do novo aeroporto”.
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O número de lugares de estacionamento pago,
"não aumentou" |
Numa assembleia onde se fizeram representar as juntas
de freguesia do concelho, Carlos Pinto aproveitou para
mostrar a cidade. Na projecção feita pelos
serviços camarários, Pinto mostra que na
Covilhã existem 559 lugares de estacionamento não
tarifado, para 169 pagos. Números que levaram Jorge
Fael, deputado comunista a levantar algumas interrogações.
Estacionados no tema, os intervenientes na assembelia
aproveitaram para votar favoravelmente a abertura do silo-auto
da Estação. Uma obra conjunta entre a Paróquia
da Covilhã e autarquia. Como a silo está
pronto, “vamos abrir a sua concessão”,
adianta Pinto. Um ponto que levou Fael a arrancar para
novas paragens. Segundo o deputado comunista, “há
que ter em atenção o espaço circundante
ao bairro da Estação”. Isto porque,
“com a abertura do silo, não vá depois,
a câmara, taxar os lugares que agora são
gratuitos”. As trocas de impressões entre
Pinto e Fael subiram de tom e o autarca ditou mesmo para
a acta o “corte de relações entre
a câmara que preside e o deputado comunista. Doravante,
aos esclarecimentos pedidos por Fael, Pinto responde “por
escrito”.
Segundo a autarquia, o Polis
está a cumprir o calendário
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Polis dentro dos prazos
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Outro dos pontos a ser debatido na reunião da
Assembleia Municipal foi o estado das obras do Programa
Polis. Artur Meireles, deputado socialista interrogou
Carlos Pinto sobre “um possível corte de
verbas para as empreitadas”. Ao que o autarca covilhanense
respondeu com uma análise das principais obras.
Pinto garantiu que “o Jardim do Lago estará
pronto dentro de duas semanas e a Rotunda do Rato também
está a terminar”. No que respeita a possíveis
diminuições de verbas, o edil remata que
“ainda esta semana a câmara abriu concurso
para a ponte pedonal que vai unir os Penedos Altos à
rua Marquês D’ Ávila e Bolama”.
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