André
Valente
de Catarina Ruivo
"André
Valente" é a primeira longa-metragem da jovem
realizadora Catarina Ruivo. O filme foi apresentado internacionalmente
no Festival de Locarno, onde foi distinguido com o prémio
" Don Quijote" da Federação Internacional
de Cineclubes.
Trata-se de um trabalho sóbrio que olha a infância
como uma idade algo complexa. É quase Natal e André,
um miúdo de oito anos, espera que o pai (uma figura
ausente na família) regresse a casa, de preferência
com todas as prendas que ele pediu. O jovem espera também
que desta vez o pai fique durante mais tempo e não
se zangue com a mãe. André deseja ainda
que os miúdos da escola o parem de chatear no recreio
e à saída das aulas, a ele e à sua
melhor amiga, Susana.
Estas são algumas das dificuldades que André,
um pequeno adulto (que talvez pela ausência do pai
tende a ocupar o seu lugar), tem de enfrentar, tal como
tantas outras crianças. Obstáculos da vida
que o vão ajudar a crescer e inventar a felicidade,
encontrando alegria nas pequenas coisas do dia a dia.
O filme de Catarina Ruivo ajuda a ver a infância
não como uma fase da vida sem preocupações
ou sofrimento, mas sim, como um período onde todos
os dias enfrentamos grandes provas.
Juntamente com este filme de Catarina Ruivo é apresentada
a curta-metragem "A Olhar para Cima", de João
Figueiras que é também a história
de um rapazinho. Chama-se Pedro e no dia da procissão
da sua ilha esconde-se para que não lhe vistam
a fatiota de anjo, que ele acha ridícula. Pedro
deseja que a procissão não aconteça,
deseja que chova, que caia um temporal sobre a ilha. A
curta ganhou os prémios de Melhor Filme Português,
Melhor Fotografia e o Jameson Short Film Award no Festival
de Vila do Conde.
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