Desde Junho de 1997
que alguns portugueses beneficiam de um apoio suplementar
com vista a melhorar as suas condições de
vida. O Rendimento Social de Inserção (RSI),
criado pelo governo socialista de António Guterres,
tem o intuito de “promover a criação
de condições necessárias à
gradual autonomia das famílias”, como se
pode ler no site da Segurança Social.
Um dos pontos chave escolhidos para a introdução
do mais recente estudo do Observatório da UBI foi
o facto de “o nosso País ser um dos que tem
maiores índices de pobreza da União Europeia”.
Um ponto chave que faz ainda mais sentido na Região
Centro. Nesta zona de Portugal, “os titulares do
RSI aumentaram todos os anos entre 1997 e 2001, tendo
passado de 2031 em 97, para 31227 em 2001”, avançam
José Ramos Pires Manso e Ana Mingote Morão,
autores do estudo. Este acréscimo, “de seis
vezes”, deve-se a vários factores, alheios
à análise em causa. Quantificar o impacto
ao nível da Covilhã, da Cova da Beira e
da Beira Interior do RSI foi o objectivo traçado
para o mais recente trabalho do Observatório.
Cova da Beira com melhores condições |
O Rendimento Social de Inserção é
o principal motivo do estudo |
Observar a forma como está a ser aplicado o subsídio,
o número de famílias que dele usufruem e
o montante mensal dispensado a cada família é
uma forma “de medir o pulso à região”.
Daí que este tipo de trabalhos executados no âmbito
do Observatório da UBI tenha depois “um vasto
campo de abrangência e estudo”. Podendo ser
aplicados e utilizados em diversos sectores.
Situado no pólo IV da UBI, o observatório
continua a ser uma estrutura com características
únicas nas unidades de investigação.
Projecto pioneiro liderado pelo docente do Departamento
de Gestão da UBI, Pires Manso, servirá também
de modelo a futuras unidades semelhantes que se possam
instalar em diferentes regiões do País.
O estudo agora tornado público é o mais
recente de entre um conjunto de trabalhos que têm
vindo a ser realizados.
Centrado na cidade da Covilhã, o observatório
tem também mantido o cuidado de estudar a região
circundante e muitas vezes tomar o território nacional
como espaço comparativo. No caso do estudo do RSI,
também estas “medidas foram utilizadas. Uma
das primeiras conclusões a que se chegou prende-se
com o facto “da beira interior norte ser aquela
que apresenta uma maior taxa de beneficiários,
46 por cento do total da região centro”.
O que denota um índice mais baixo de poder de compra
e de qualidade de vida. Para os autores deste estudo,
“na Serra da Estrela e na Beira Interior norte registam-se
valores de RSI mais altos dos que na Beira Interior sul
e na Cova da Beira, o que denota que as condições
de vida dos habitantes das últimas regiões
não são tão degradantes e más
como as das duas primeiras regiões”. Um resultado
obtido depois de vários parâmetros analisados.
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