O Dia 16 de Setembro
de 2004 fica marcado para o Governo social-democrata.
Uma velha tradição herdada de outras equipas
governamentais caiu por terra quando, nem o primeiro-ministro
Santana Lopes, nem Maria do Carmo Seabra, ministra da
Educação, assinalaram o começo do
ano lectivo. Uma “honra” que coube aos secretários
de Estado. José Portocarrerro Canavarro, secretário
de estado adjunto e da Educação veio á
Covilhã inaugurar uma escola na Barroca Grande
e visitar as obras de uma outra no bairro de Santo António.
Durante a manhã, o representante do Governo passou
ligeiro pelas salas de aula das duas instituições,
que “espelham o esforço do Governo central
no ensino”. Portocarrerro Canavarro ouviu bombos,
cantares tradicionais e até um coro infantil. Agradeceu
o gesto, sublinhou o esforço de pais e professores
perante um arranque de ano “complicado” e
desejou a todos um “bom trabalho”. O secretário
de Estado salienta que o ano escolar “não
tem necessariamente de começar quando o ministério
o define”. Este ano, as datas previstas estão
marcadas entre 16 e 23 de Setembro.
Os responsáveis do
ministério fazem um balanço positivo
do começo das aulas
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Balanço positivo
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Apesar de visitar apenas duas escolas de entre as 30
do município covilhanense, o secretário
de Estado reiterou todo o apoio à autarquia. Esquecido
o relatório do ministério da Segurança
Social, que aponta falhas graves de segurança nos
edifícios escolares, o representante do Governo
aponta só os exemplos das escolas visitadas. Quanto
ao balanço do começo de ano, classifica-o
como “positivo”. José Portocarrerro
Canavarro assume que houve um atraso na colocação
dos professores. Mas é sobre esse mesmo assunto
que a ministra “está a trabalhar”.
O motivo da falta de Maria do Carmo Seabra fica assim
esclarecido diz o responsável.
Apreciação dos sindicatos
Confrontado com as acusações feitas pelos
sindicatos dos professores, o representante do Ministério
da Educação diz que “as apreciações
são feitas por quem entende”. Isto porque
“os sindicatos ou aqueles que querem ver as escolas
a funcionar, estão com o ministério”.
As listas que saíram até agora “apresentavam,
alguns erros e falhas”. Daí que as listas
definitivas - que foram tornadas públicas ontem
– “são definitivas e correctas”.
Na política do actual ministério “as
escolas vão ter a independência para abrir
quando entenderem”. Isto porque, para os responsáveis
da pasta, são os pais e os professores que fazem
os seus planos de actividades.
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