Eu, Robot






 


 


de Alex Proyas


Por Catarina Rodrigues

O mais recente filme realizado por Alex Proyas decorre no futuro, mais concretamente em Chigago, no ano de 2035. Nessa data, os robots estão presentes em todas as casas e os homens estão cada vez mais dependentes deles. Qualquer família utiliza estas criaturas para realizar as várias tarefas do quotidiano, vendo-os como simples electrodomésticos, mas acabando por lhes confiar, as casas, os filhos, enfim, a própria vida.
Apesar da maioria das pessoas acreditar nas potencialidades destas criações do homem, o detective John Spooner, personagem interpretada por Will Smith, deposita neles várias desconfianças.
“Eu -Robot”, adaptado do romance do escritor Isaac Asimov, é um filme que apresenta um cenário futurista e levanta várias questões que se prendem com a dualidade homem-máquina e com a possibilidade dos robots superarem os humanos, até porque alguns já têm a particularidade de interagir por iniciativa própria, de sentir emoções, de sonhar e até, de ameaçar a raça humana, a partir do momento em que um deles, viola a lei básica da robótica: proteger os homens de qualquer ataque.
A tecnologia apresentada no filme parece cruzar-se, em alguns pontos, com o presente, o que em determinados casos nos leva a pensar que talvez este futuro não esteja assim tão longínquo. Mas o mais interessante desta obra cinematográfica, tal como já havia acontecido com o livro, é sem dúvida, o facto de nos permitir questionar a identidade do homem, ou a perda desta, face à máquina, bem como o facto da criação conseguir reunir capacidades para, um dia, ultrapassar o próprio criador.


Site oficial