Observar o papel das Universidades
no desenvolvimento das regiões é uma meta
deste projecto
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Projecto liderado
pela UBI
Desenvolvimento regional
associado às Universidades
Um plano de estudos
realizado por quatro universidades vai ser o resultado
de um trabalho de parcerias ibéricas. UBI, Évora,
Salamanca e Extremadura são as quatro instituições
que vão estudar o impacto das Universidades no
desenvolvimento da região.
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Por Eduardo
Alves
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Criadas a pensar na implementação
do ensino superior em áreas mais afastadas, as Universidades
do interior constituem também motores de desenvolvimento
regional. Para quantificar essas forças motrizes,
a UBI candidatou-se, com outras três instituições,
à criação do Obseregio, Observatório
Transfronteiriço da Avaliação do Impacto
da Inovação em Carácter Regional. Um
organismo que conta com 75 por cento dos custos suportados
pelo Interreg III, os restantes 25 por cento serão
despendidos pelos quatro parceiros do estudo.
Analisar detalhadamente os efeitos que as instituições
ensino superior têm na região onde estão
inseridas é a primeira meta a alcançar. Depois
deste passo, as conclusões do estudo serão
publicadas por todas as partes envolvidas na iniciativa.
Durante 15 meses, as quatro universidades vão estar
empenhadas no estudo dos principais sectores que são
afectados pela presença de instituições
de ensino superior. Quer a economia, cultura, ciência
e industria, quer o próprio tecido empresarial e
tecnológico, são pontos chave na análise
do papel das Universidades.
Mário Raposo, da Universidade da Beira Interior (UBI),
explica que “as informações são
captadas em diversas áreas, dos dois países”,
o que permite a comparação entre períodos,
anterior ao aparecimento da Universidade e a região
onde estão inseridas, na actualidade.
Criação de empresas, melhoria de acessibilidades
e salto cultural |
Os primeiros resultados deste estudo devem ser conhecidos
no próximo ano |
Estão destinados ao Obseregio 400 mil euros. Um montante
que vai permitir estudar de que forma as Universidades têm
promovido a criação de novas empresas, a formação
de quadros técnicos superiores e “nas melhorias
culturais”, refere Paulo Resende, da Universidade
de Évora.
Para os promotores da ideia, que terá as primeiras
conclusões apresentadas já no próximo
ano, esta iniciativa será o culminar de um “forte
processo de afirmação das instituições
do interior”, mas também “uma ligação
sólida entre as culturas e conhecimentos dos dois
países”, confessa Alfredo Mateus, da Universidade
de Salamanca.
Este docente espanhol, que viveu durante “um período
considerável” em Lisboa, sublinha o facto “de
muitas instituições, como é o exemplo
da UBI, “estarem mais desenvolvidas que algumas Universidades
espanholas”. Daí que a partilha de conhecimentos
e criação de pontos de ligação
e interesses comuns “faça todo o sentido”,
argumenta o mesmo. |
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