Vagas preenchidas
na UBI na 1.ª Fase de Acesso ao Ensino Superior
Começaram as matrículas para os novos “doutores
e engenheiros”. A Universidade da Beira Interior
recebe este ano, 858 novos alunos na primeira fase do
concurso nacional de acesso ao ensino superior.
Das 32 licenciaturas que a UBI lecciona, 15 preencheram
já a totalidade das vagas que ofereciam. As áreas
mais procuradas pelos novos alunos continuam a recair
sobre as Artes, Ciências Sociais e Medicina. Manuel
Santos Silva, reitor da UBI considera que “os resultados
obtidos pela Universidade são bastante positivos”.
Lembra que o número de alunos a concorrer ao superior,
está em decréscimo e que este ano, “a
UBI abriu mais vagas que no passado”. Um facto que
contribui para leituras distintas das percentagens.
No geral, as licenciaturas de Medicina e Arquitectura
continuam a ser as mais procuradas. Este ano, a nota do
último colocado em Medicina foi de 180,7, enquanto
que em Arquitectura, o valor foi de 154,6. Nas restantes
licenciaturas há a registar uma preferência
pelas Artes e Ciências Sociais. Comunicação
com nota final de (129,5), Gestão (104,2), Sociologia
(122,0), Psicologia (152,2) ou Design Multimedia (140,0)
são algumas das licenciaturas que preencheram a
totalidade das vagas. Outro dos casos de sucesso apontados.
Para o responsável máximo da UBI, “a
adesão total à nova licenciatura só
vem provar que são necessários novos cursos,
quando estudados e feitos todos os requisitos prévios.
O problema da falta de alunos
é cada vez mais visível nas engenharias
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Engenharias e Educação em falta
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No que respeita às engenharias e aos cursos relacionados
com o ensino, o quadro foi bastante diferente. A nível
nacional registou-se uma quebra de 13 por cento na procura
de cursos cujas saídas profissionais apontam para
a educação. Já as engenharias, que
subiram cinco pontos percentuais em número de alunos,
registam, na UBI, uma forte quebra.
A título de exemplo, o curso de Engenharia Civil,
que abriu 70 vagas, apenas tem 28 alunos. Engenharia Mecânica
que abriu 18 vagas, apenas ficou com dois alunos. Situação
idêntica acontece com Engenharia Têxtil, que
abriu 14 vagas e tem apenas um aluno colocado. Outro dos
casos de maior falta de alunos diz respeito à licenciatura
em Engenharia da Produção e Gestão
Industrial (EPGI), que no ano passado não abriu
qualquer vaga. No presente ano lectivo, EPGI oferece dez
vagas, mas apenas uma foi preenchida.
Quadro idêntico é registado nos cursos de
Física e Química ensino, que ofereciam 15
vagas e apenas um aluno foi colocado. Registo semelhante
nos casos de Informática Ensino, com 15 vagas,
das quais, apenas quatro se encontram preenchidas e Matemática,
ensino que abriu 20 vagas e tem dois colocados. No respeitante
ao ensino, o curso de Língua e Cultura Portuguesas
foi também um dos mais atingidos pela falta de
alunos. Esta licenciatura preencheu apenas três
das 25 vagas oferecidas. Contudo, o caso mais flagrante,
na UBI, é o do curso de Português e Inglês,
onde as 20 vagas abertas a concurso não registaram
nenhum candidato.
Problemas de base nas disciplinas
nucleares |
Para a segunda fase de candidaturas, a UBI oferece
257 vagas |
Santos Silva explica a falta de alunos nas engenharias,
áreas com mais saídas profissionais, devido
“ao crescente desinteresse pelas físicas,
matemáticas e químicas”. Um problema
que se arrasta do ensino secundário, onde os alunos
mostram um desinteresse por este tipo de matérias.
Para o reitor da UBI, as Ciências Exactas são
fundamentais no desenvolvimento do País, o que
força a tomada de medidas para inverter esta situação.
Os responsáveis da Universidade da Beira Interior
sublinham também o facto de “continuarem
a ingressar no ensino superior alunos com notas negativas”.
Algo que não se regista na UBI. Daí que
a procura de cursos de Engenharia, nas Universidades,
tenha vindo a decair nos últimos tempos, em detrimento
dos politécnicos. Para Santos Silva, “deveriam
ser tomadas algumas medidas para balizar e generalizar
este situação”. Regras iguais para
todas as instituições.
As vagas de Engenharia estão
em destaque na segunda fase
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Segunda fase com novo fôlego
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Para a UBI, a segunda época do concurso nacional
arranca com “uma nova força”. Com as
vagas que resultaram desta primeira etapa vai ser aberto
concurso para as licenciaturas que ainda não estão
totalmente preenchidas. O reitor mostra-se confiante quanto
ao número de candidatos que possam vir a estudar
na UBI. Para já, na segunda fase, a UBI vai oferecer
257 vagas em 17 licenciaturas diferentes. Todos os esforços
vão ser feitos para conseguir o maior número
de estudantes para a Universidade, sobretudo, para as
engenharias.
O
panorama nacional do superior
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Para o ano lectivo de 2004/2005, concorreram
pelo contingente geral ao ensino superior,
42 595 estudantes. De entre este número,
88 por cento conseguiram já a sua
colocação. Falando ainda em
percentagens, os resultados divulgados no
passado domingo adiantam também que
dois em cada três alunos foram colocados
na licenciatura de primeira opção.
Depois deste concurso, vem a segunda fase,
cujos resultados serão conhecidos
a 6 de Outubro e as matriculas realizadas
até dia 13 do mesmo mês. Para
este concurso sobram 5 027 vagas que se
distribuem por 523 licenciaturas.
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