O Ouro do Predador




Philip Reeve






“Era uma ideia tão terrível que por momentos nem queria acreditar que a ideia tivesse sido mesmo dela. Limpou o gelo de uma das janelas e para o seu próprio e vago reflexo a pensar. Resultaria? Atrever-se-ia? Mas ela não tinha outra hipótese a não ser experimentar pois era a sua única esperança. Puxou o capuz para cima e voltou a colocar a máscara no sítio e partiu rumo à doca aérea pelo meio da neve e do luar”.



Por João Rodrigues

“O Ouro do Predador”, de Philip Reeve é o segundo volume de uma trilogia composta já por “Engenhos Mortíferos”, a sua estreia literária.
Num mundo apocalíptico onde as cidades se movem sobre engenhos de tracção e se comem umas às outras como verdadeiros predadores segundo as regras do Darwinismo Municipal, Tom e Hester deambulam despreocupadamente, mas novos perigos estão a caminho. Depois de aceitarem a bordo o famoso explorador Nimrod Pennyroyal e de escaparem de uma vertiginosa perseguição dos aviadores da Green Storm, o Jenny Haniver encontra-se seriamente danificado arrastando-os para os glaciares árcticos. É aqui que são acolhidos pela lendária Anchorage, uma rica metrópole cuja população foi em grande parte dizimada por uma devastadora peste e é agora governada por uma adolescente chamada Freya, que se torna a margravine de Anchorage. Mas esta metrópole é espiada por alguém que sabe os seus todos os seus movimentos. Entretanto Hester vê o que mais podia destruir a sua felicidade e tem uma ideia para recuperá-la de novo, uma ideia que vai fazer com que Anchorage corra grande perigo...