O Sindicato dos Professores
da Região Centro já apoiou cerca de três
dezenas de professores nos recursos hierárquicos
que estes apresentaram, bem como as diversas providências
cautelares que esta semana começam a entrar nos
tribunais, por alegados erros nos concursos. Recorde-se
que na passada semana a Federação Nacional
de Professores (Fenprof) admitiu que os docentes prejudicados
irão pedir indemnizações ao Ministério
da Educação. Existem milhares de reclamações
de professores, já que estes consideram a totalidade
do seu tempo de serviço não foi contabilizada.
Já na semana passada o Sindicato de Professores
da Região Centro dizia que o Ministério
da Educação estava a desrespeitar os professores
e educadores, retirando-lhes direitos e causando-lhes
"prejuízos incalculáveis" no processo
que decorre para a sua colocação, que está
com um atraso de cerca de três meses.
O Sindicato sublinha que, devido a esses atrasos, os responsáveis
estão a penalizar os professores pelos erros que
não são eles que cometem e a retirar-lhes
direitos. E dão como exemplo a eliminação
da possibilidade legal de reclamação caso
detectem erros, que se têm verificado em demasia
ao longo do processo. "Ao prever apenas o recurso
hierárquico, que não tem efeitos suspensivos
e pode durar meses até ter uma solução
final, a actual equipa ministerial revela um total desrespeito
pelos professores e educadores e um absoluto desprezo
pelo direito de corrigirem erros que surjam por razões
que lhes sejam alheias", sublinham os sindicalistas.
Para além disso o Sindicato critica ainda a imposição
de os candidatos terem de concorrer obrigatoriamente via
Internet. E mostram-se preocupados com os eventuais atrasos
por parte do ministério no envia da documentação
para o concurso, que possa criar mais problemas aos professores
ou excluí-los.
O Sindicato acusava ainda o Ministério da Educação
de estar a desrespeitar a lei por continuar a enviar notificações
a professores indeferindo reclamações apresentadas
quando o prazo legal para esse envio já terminou.
"Que aconteceria aos professores se concorressem
depois de expirado o prazo de candidatura?", frisam
os sindicalistas, que garantem estar determinados a garantir
os direitos dos lesados e ir até às últimas
consequências, como recorrer aos tribunais.
|