O serviço de
urgência e o bloco operatório do Hospital
Amato Lusitano vai passar para um novo edifício
a construir de raiz. O Conselho de Administração
(CA) do hospital reuniu esta semana para estudar o financiamento
desta obra, orçada em perto de três milhões
e 750 mil euros. Enquanto o novo edifício não
avança, a direcção da unidade de
Castelo Branco está a estudar a possibilidade de
"aumentar transitoriamente a Urgência através
de pré-fabricados", explica o presidente do
Conselho de Administração do hospital, João
Gabriel. E adianta que a intenção é
incluir esta intervenção no Plano de Investimentos
e Despesas de Desenvolvimento da Administração
Central entre 2005 e 2007. "Para o próximo
ano queríamos ter a verba necessária para
abrir concurso e arrancar com a obra e nos anos seguintes
um valor mais alto para a conclusão", explica
o presidente do CA.
Triagem de Manchester só em Outubro
Já a introdução do sistema de Triagem
de Manchester, que já foi implementado no distrito,
no Centro Hospitalar da Cova da Beira, na Covilhã,
foi adiada para Outubro. Recorde-se que o arranque estava
previsto para antes do início do Campeonato Europeu
de Futebol. Porém, as alterações
no Conselho de Administração (CA) que decorreram
nos últimos meses, tendo João Gabriel ameaçado
demitir-se por estar a trabalhar sozinho, devido a doença
de um dos outros administradores, acabou por atrasar este
projecto. Depois de normalizado o quadro do CA, com a
entrada de um novo administrador, João Gabriel
acredita "que senão houver imprevistos, o
sistema deve ser implementado durante o mês de Outubro".
Através da triagem de Manchester o doente que recorrer
à Urgência é encaminhado para os diversos
serviços, sendo-lhe atribuída uma cor, consoante
o seu grau de gravidade. Também atrasado está
o processo da viatura médica de emergência
e reanimação (VMER), do Instituto Nacional
de Emergência Médica (INEM), que deveria
ter chegado às instalações da unidade
ainda antes do início do Euro 2004. Mas a falta
de telecomunicações em algumas zonas abrangidas
pelo hospital de Castelo Branco, nomeadamente, na Sertã,
Proença-a-Nova e Oleiros e as mudanças no
elenco do Governo acabaram por adiar a entrega desta viatura
de intervenção rápida. Segundo o
presidente do Conselho de Administração,
João Gabriel, o problema das telecomunicações
que impossibilitavam uma comunicação eficiente
entre as equipas do INEM e o hospital "foi ultrapassado
recentemente". Agora, o responsável atribui
o atraso "à necessidade dos novos membros
do Governo estudarem os dossiers". No entanto, o
médico adianta que "há duas ou três
semanas, o presidente do INEM garantiu que este é
um projecto que irá para a frente". Apesar
deste impasse, a direcção do hospital espera
ter a VMER até ao final do ano. A promessa de dotar
o Amato Lusitano com uma destas viaturas de intervenção
rápida foi feita em Agosto do ano passado durante
os incêndios, data em que os profissionais de saúde
do hospital de Castelo Branco colaboraram com o INEM no
apoio às populações. Esta viatura
de intervenção rápida transporta
uma equipa constituída por enfermeiro e um médico
que chegados ao local do sinistro prestam os cuidados
necessários e acompanham o doente à unidade
hospitalar mais próxima. Em Castelo Branco cerca
de 25 enfermeiros, do Amato Lusitano e 20 a 22 médicos,
do hospital e dos centros de saúde da cidade e
de Oleiros receberam formação. Esta equipa
vai colaborar com o INEM, sob a coordenação
do Centro de Orientação de Doentes Urgentes
(CODU) de Coimbra, onde é feita a triagem, via
telefone, das emergências médicas na região
Centro. Também o Centro Hospitalar da Cova da Beira
irá receber uma VMER.
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