|    Trindade protege 
                        a bola de Carlos Santos, o marcador do único golo 
                        satense 
 
 
                           
                            | Ficha 
                                do Jogo
 Estádio 
                                Municipal Santos Pinto (Covilhã)
 (21-08-2004)
 
 
 Árbitro: 
                                Ângelo Correia
 
 
 
 Sp. 
                                Covilhã- 3Luís Miguel, Cláudio, Piguita (50), 
                                Banjai, Trindade, Nuno Coelho, Cunha, Canário, 
                                Oliveira (88), Tarantini e Luizinho.
 Treinador: Fernando Pires
 
 Jogaram ainda: Cordeiro (82), 
                                Rui Morais, Pimenta, Óscar, Real, Luís 
                                Pedro
 Sátão 
                                - 1Zé Luís, Francisco Gomes, Daniel 
                                Nogueira, João Martins, Nuno Almeida, Carlos 
                                Santos (28), Rui Salgueiral, Tozé, Zé 
                                Fonseca, Pedro Saraiva e Nuno Jardel.
 Treinador:
 
 Jogaram ainda: David, Caleiro, Luís 
                                Figueiredo, Hélio, Paulo Mendes, Pedro 
                                e Chico
 Ao 
                                Intervalo: 0 - 1
 
 Disciplina: 
                                não houve cartões.
 Marcadores: Carlos Santos (28), 
                                Piguita (50), Cordeiro (82) e Oliveira (88)
 |  |  |  Último 
                        apronto antes da época
                        Leões acordam na segunda 
                        parte e dão volta ao Sátão
 
 Na última 
                        partida antes do início do campeonato, o Covilhã 
                        mostrou os seus piores defeitos e as suas melhores qualidades. 
                        Depois de uma primeira parte sem chama e decepcionante, 
                        os serranos apareceram transfigurados no segundo tempo: 
                        rápidos, concentrados e inconformados.
 
 
 
                           
                            |   | Alexandre S. SilvaNC/Urbi et Orbi
 |   
                            |  |  Naquele que foi o derradeiro teste à equipa de 
                        Fernando Pires nesta pré-temporada, o Sátão 
                        mostrou-se um osso duro de roer. E se o resultado final 
                        (3-1) deixa a impressão de uma vitória fácil 
                        dos serranos, a realidade não podia ser mais diferente. 
                        Ao Covilhã “amorfo” da primeira metade, 
                        valeu o despertar ao intervalo (o que terá dito 
                        o treinador aos jogadores no balneário?) para uma 
                        segunda parte que só não foi de luxo porque 
                        os serranos continuam a pecar, e de que maneira, na finalização.
 O Covilhã apresentou-se em campo com duas surpresas. 
                        Rui Morais ficou no banco por opção e o 
                        corredor direito ficou entregue a Cláudio. O ex-atleta 
                        do Unhais da Serra não comprometeu mas denotou 
                        ainda falta de ritmo. Cordeiro começou o jogo a 
                        suplente, mas acabaria por entrar à meia-hora de 
                        jogo para o lugar de Canário, que não conseguia 
                        impor-se ao meio-campo forasteiro.
 Cedo os covilhanenses assumiram as despesas do jogo. Perante 
                        um Sátão lutador mas limitado tecnicamente, 
                        o Covilhã jogava a seu bel prazer. Aos poucos a 
                        equipa ia-se aproximando da baliza à guarda de 
                        Zé Luís. Mas as movimentações 
                        previsíveis da linha ofensiva facilitavam o trabalho 
                        aos defesas forasteiros. Os avançados estavam de 
                        tal forma apagados que os únicos dois remates dignos 
                        de registo durante a primeira meia-hora foram da autoria 
                        de Nuno Coelho e Trindade. Em ambos os casos resolveu 
                        o guardião do Sátão.
 A apatia do sector ofensivo acabaria por contagiar o resto 
                        da equipa que começou a permitir mais liberdades 
                        ao conjunto viseense. Aos 28 minutos, e sem ter feito 
                        nada que o justificasse, o Sátão chega à 
                        vantagem. Na cobrança de um livre a cerca de 25 
                        metros da baliza, Sandro não dá hipótese 
                        a Luís Miguel. O pontapé é irrepreensível. 
                        A bola contorna a barreira e entra ao ângulo superior 
                        direito do guardião serrano. Um tento que seria 
                        o momento mais agradável dos primeiros 45 minutos.
 Fernando Pires sentiu, então, necessidade de alterar 
                        alguma coisa. Trocou Canário por Cordeiro, que 
                        se colocou na extrema esquerda, mas as diferenças 
                        não se fizeram sentir de imediato. No entanto, 
                        o Covilhã retomava o controlo da partida e mantinha 
                        o Sátão a “rédea curta”. 
                        O que não melhorava era o capítulo da finalização. 
                        Por várias vezes os serranos encontraram-se em 
                        situação privilegiada para empatar o encontro, 
                        mas o remate nunca saía com a melhor direcção.
 
 Leão transfigurado
 
 No segundo tempo o Covilhã apresentou-se com outra 
                        disposição. Mais rápido e criativo, 
                        o conjunto serrano dominou em toda a linha. O empate surgiu 
                        logo aos cinco minutos do recomeço. Na sequência 
                        de um canto apontado por Cunha, Piguita antecipa-se a 
                        toda a gente e desvia para a baliza.
 A turma local voltava a pôr o pé no acelerador 
                        e a criar perigo junto da baliza contrária. E foi 
                        tempo de entre os postes brilhar Zé Luís. 
                        O guarda-redes do Sátão acabou por ser o 
                        melhor jogador forasteiro ao adiar, com uma mão 
                        cheia de intervenções de alta qualidade, 
                        a reviravolta dos beirões. Reviravolta que só 
                        seria consumada nos últimos dez minutos do desafio, 
                        já com Rui Morais e Pimenta em jogo. Primeiro foi 
                        Cordeiro com um remate de fora da área pleno de 
                        força a colocar os leões em vantagem pela 
                        primeira vez. E já em cima do apito final, Oliveira, 
                        assistido por Cunha, confirma a vitória.
 O jogo acabou por valer pela segunda parte. Altura em 
                        que o Covilhã mostrou os melhores pormenores e 
                        se aproximou mais do estilo de jogo idealizado por Fernando 
                        Pires para a época que se inicia no próximo 
                        domingo, 29. Jogo pelas alas, troca de bola constante 
                        e coesão defensiva. Só falta melhorar os 
                        índices de concretização e os automatismos 
                        entre jogadores que treinas em conjunto há apenas 
                        mês e meio. Seja como for, se o Covilhã da 
                        próxima temporada for este da segunda parte, então 
                        os sócios podem acalentar o sonho da subida. Caso 
                        contrário…
 |