| As trocas de contactos 
                      começaram em Espanha, mais precisamente em Ourense, 
                      aquando da realização de um festival 
                      de teatro. Rui Pires, o responsável pelo TeatrUBI 
                      refere que logo aí, “o grupo marroquino manifestou 
                      a intenção de ter presente no festival organizado 
                      por ele, o TeatrUBI”. Passados que estão os primeiros ensaios, levanta-se 
                      o pano e efectiva-se a estreia do grupo covilhanense no 
                      continente africano. A participação no Festival 
                      Internacional de Teatro Universitário, com lugar 
                      marcado para Casablanca está confirmada. Uma comitiva 
                      de 12 pessoas ruma hoje a Marrocos, levando a mais polémica 
                      e uma das mais trabalhadas peças do TeatrUBI, a “Ferida 
                      no Pescoço”. A peça encenada por 
                      Susana Vidal vai ser exibida amanhã e depois, dias 
                      2 e 3 de Setembro em palcos marroquinos.
 Esta 16.ª edição do Festival de Teatro 
                      de Casablanca conta com 20 grupos participantes, 15 universitários 
                      e cinco amadores, representando 16 nacionalidades. Daí 
                      a importância “deste convite para o TeatrUBI”. 
                      A participação num evento deste dimensão 
                      “tem sempre muita coisa de bom”, avança 
                      Rui Pires.
 
 
 
                         
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 Cultura continua “muito em baixo”
 |   Os apoios para eventos culturais têm sido, 
                              no entender dos responsáveis, "escassos"
 |  Um convite que surgiu como uma proposta irrecusável. 
                        A deslocação ao continente africano, a participação, 
                        “não só com a encenação 
                        de uma peça, mas também, em conferências, 
                        debates e colóquios” é, para Rui Pires, 
                        uma experiência bastante proveitosa. Contudo, o 
                        TeatrUBI vai desembolsar “dois mil e 500 euros”, 
                        refere Pires. Até ao momento, os únicos 
                        apoios “têm vindo das entidades habituais, 
                        a Reitoria, com mil euros e a associação 
                        académica” que vai disponibilizar a viatura 
                        para a deslocação do grupo. Nas palavras do responsável pelo grupo de teatro, 
                        as ajudas a grupo culturais “são inexistentes 
                        na região”. Desde câmara municipal, 
                        a empresas particulares, todas as portas “permanecem 
                        fechadas”. A boa vontade de todos “depois 
                        não se traduz em apoio real”, confessa Rui 
                        Pires. Em toda a zona, “não existe uma única 
                        empresa ou instituição que nos ajude”, 
                        acrescenta.
 O futuro espera o Festival de Teatro da Covilhã, 
                        com data prevista entre 1 e 14 de Março e com a 
                        participação de sete grupos, “incluindo 
                        o de Marrocos”, adianta o responsável. Que 
                        sublinha o facto “do dinheiro gasto nesta deslocação 
                        fazer falta para essa e outras actividades”. Para 
                        já, além da deslocação a Casablanca 
                        também vai acontecer uma acção de 
                        sensibilização de novos elementos, aquando 
                        das matrículas dos alunos que vêm para a 
                        UBI.
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