João Alves
NC / Urbi et Orbi


O relógio do Polis corre o risco de ter que voltar a "levar corda"

O financiamento para alguns dos projectos do PolisCovilhã poderá ter que esperar pelo IV Quadro Comunitário de Apoio (QCA), ou seja, só a partir de 2007. O Governo está a analisar a reprogramação financeira do Programa Polis em todo o País (39 locais), elaborada pelo anterior ministro das Cidades, Arlindo Cunha, e que prevê o adiamento de financiamento de projectos em 13 cidades, no valor de 118,3 milhões de euros. Entre estas situam-se a Covilhã, bem como a Guarda.
No entanto, a par da reprogramação efectuada, estão a ser agendadas reuniões com os municípios em causa, de modo a que estas questões sejam analisadas "caso a caso". Recorde-se que o Polis foi lançado em 2000, com o objectivo de requalificar 39 localidades, sendo financiado por fundos nacionais e comunitários. Porém, desde cedo começou a ver reajustamentos, como o da questão do valor do IVA, que num primeiro momento não estava incluído no orçamento dos projectos. Para além disso, os atrasos na transferência de verbas por parte da Direcção Geral do Tesouro levou a que também alguns projectos sofressem atrasos.
A dotação inicial para a Covilhã era de 19,5 milhões de euros, um montante que após a reprogramação passa para 13,6. Para o IV QCA, a verbas a transferir serão de 5,9 milhões de euros. Na Guarda o montante é quase idêntico, ou seja, 5,5 milhões de euros.
Recorde-se que em Junho, o Tribunal de Contas concluiu que o investimento e os encargos financeiros do Polis "serrano" eram superiores às receitas, pelo que era aconselhável um financiamento adicional. Só que, pelos vistos, esse dinheiro só virá daqui a alguns anos, caso se confirmem as intenções do Governo.