Uma página dos serviços académicos está destinada às inscrições dos alunos da UBI

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Início de ano lectivo
UBI com inscrições on-line

O arranque do próximo ano lectivo, no dia 20 de Setembro, está já marcado pela entrada em funcionamento da nova página dos Serviços Académicos. Os alunos que estudam na UBI podem inscrever-se via Internet. Um serviço que estava previsto há algum tempo e entra agora em actividade.


Por Eduardo Alves


Está marcado para o próximo dia 20 de Setembro o início das actividades académicas na Universidade da Beira Interior (UBI). Uma data que pretende a uniformização do arranque do ano lectivo. Segundo Carlos Melo Gonçalves, director dos Serviços Académicos, esta é mais uma inovação implementada este ano, “o início das aulas, igual para todos os alunos”.
Ao contrário dos anos anteriores, em 2004/2005, os alunos do primeiro ano também vão começar as suas actividades nesta data. Todo o calendário escolar foi pensado com o objectivo primeiro de “fazer deste um ano de transição”, adianta Melo Gonçalves. Para o responsável pelos serviços Académicos da UBI, 2004/2005 será o primeiro teste a um novo esquema de calendarização escolar. Este mapa académico baseia-se “em 1600 horas de trabalho, cerca de 40 semanas de trabalho”, explica Melo Gonçalves, que refere “serem estes alguns dos parâmetros do Processo de Bolonha”.
Com o intuito de ir adaptando o calendário escolar da UBI às novas regras, os responsáveis da instituição avançam com o arranque das ano académico para todos os alunos, por igual.



Matrículas começam amanhã

Os responsáveis pelos académicos esperam uma boa adesão ao novo método de matrículas

Simplificar o processo de inscrição e baixar o tempo de espera no atendimento dos serviços académicos são dois objectivos das inscrições on-line. Os dados dos alunos “têm estado a ser introduzidos numa base própria”, e a partir de 1 de Setembro, os alunos que já frequentam a UBI há mais de um ano, podem fazer a sua matricula na página dos Serviços Académicos.
Um serviço que apresenta funcionamento semelhante ao e-mail. Isto porque, toda a informação necessária para as inscrições “já está introduzida na página”. O utilizador, depois de colocar o seu número de aluno e o bilhete de identidade, terá apenas de validar as disciplinas que correspondem ao ano em causa. No final, basta submeter as escolhas e aguardar a confirmação do serviço. Para todos aqueles que tenham de apresentar documentos, “como o boletim de vacinas ou outros”, Melo Gonçalves adianta que o podem fazer “através de correio, com uma fotocópia e uma autenticação do documento”, tornando assim possível ao aluno inscrever-se sem se deslocar aos serviços académicos. Esta medida “tem vindo a ser estudada há algum tempo”, confessa o responsável.
Para os antigos alunos, a semana de inscrições começa amanhã, dia 1 de Setembro e dura até dia 10. Para os novos alunos, as matrículas têm início no dia 13 de Setembro, logo depois de serem divulgados os resultados do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior. As inscrições dos caloiros prolongam-se até dia 17 de Setembro, tendo em vista o facto de três dias depois se dar início ao ano lectivo 2004/2005.




Premiar as horas de estudo e trabalho

De entre as novidades programadas para este ano lectivo, as inscrições on-line encabeçam a lista. Mais horas de estudo e uma época de exames mais curta são outros dos tópicos presentes. Para 2004/2005 ainda foram marcadas épocas de exames de recurso e especial, mas com uma duração mais pequena. Esta actividade tende a desaparecer “num futuro próximo”, avisa Melo Gonçalves.
Todo o trabalho desenvolvido pelos académicos tem em vista as regras previstas no “ECTS – Sistema Europeu de Transferência e Acumulação de Créditos de Curso, um esquema que vai globalizar e ser aplicado pelo Processo de Bolonha”, explica Melo Gonçalves.
A UBI começa já este ano a definir as linhas base deste diagrama. Isto é, “a aplicação deste tipo de acumulação de créditos exige várias modificações no sistema”. Segundo os responsáveis pelos académicos “a avaliação dos alunos vai basear-se em grupos de 60 créditos”. Ao contrário da fórmula que actualmente está em vigor, todas as licenciaturas vão apresentar 60 créditos anuais, o que representa “um maior número de horas de aulas, mas sobretudo, de trabalho de pesquisa, de estudo e de responsabilização do aluno”, sublinha Carlos Melo. As horas dedicadas a trabalhos, pesquisa e estudo, que depois podem ser traduzidas, pelos docentes, em apresentações ou outras actividades, “vão também contar para o aproveitamento do aluno”. O aproveitamento escolar deste “vai ser conseguido quando atingir, num ano, os 60 créditos pretendidos”.
Esta forma de premiar o trabalho de estudo e as horas de pesquisa dos alunos está prevista no Processo de Bolonha. Melo Gonçalves refere que o sistema ECTS é apenas um dos muitos pontos que “vão mudar as Universidades”. Para já, a UBI, está a tentar apanhar o comboio, “de forma a que a implementação do processo não seja, depois, tão brusca”. Os responsáveis acreditam numa boa aceitação destas medidas por parte dos docentes e alunos.