Está marcado para
o próximo dia 20 de Setembro o início das
actividades académicas na Universidade da Beira Interior
(UBI). Uma data que pretende a uniformização
do arranque do ano lectivo. Segundo Carlos Melo Gonçalves,
director dos Serviços Académicos, esta é
mais uma inovação implementada este ano, “o
início das aulas, igual para todos os alunos”.
Ao contrário dos anos anteriores, em 2004/2005, os
alunos do primeiro ano também vão começar
as suas actividades nesta data. Todo o calendário
escolar foi pensado com o objectivo primeiro de “fazer
deste um ano de transição”, adianta
Melo Gonçalves. Para o responsável pelos serviços
Académicos da UBI, 2004/2005 será o primeiro
teste a um novo esquema de calendarização
escolar. Este mapa académico baseia-se “em
1600 horas de trabalho, cerca de 40 semanas de trabalho”,
explica Melo Gonçalves, que refere “serem estes
alguns dos parâmetros do Processo de Bolonha”.
Com o intuito de ir adaptando o calendário escolar
da UBI às novas regras, os responsáveis da
instituição avançam com o arranque
das ano académico para todos os alunos, por igual.
Matrículas começam amanhã
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Os responsáveis pelos académicos esperam
uma boa adesão ao novo método de matrículas
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Simplificar o processo de inscrição e baixar
o tempo de espera no atendimento dos serviços académicos
são dois objectivos das inscrições
on-line. Os dados dos alunos “têm estado a
ser introduzidos numa base própria”, e a
partir de 1 de Setembro, os alunos que já frequentam
a UBI há mais de um ano, podem fazer a sua matricula
na página dos Serviços Académicos.
Um serviço que apresenta funcionamento semelhante
ao e-mail. Isto porque, toda a informação
necessária para as inscrições “já
está introduzida na página”. O utilizador,
depois de colocar o seu número de aluno e o bilhete
de identidade, terá apenas de validar as disciplinas
que correspondem ao ano em causa. No final, basta submeter
as escolhas e aguardar a confirmação do
serviço. Para todos aqueles que tenham de apresentar
documentos, “como o boletim de vacinas ou outros”,
Melo Gonçalves adianta que o podem fazer “através
de correio, com uma fotocópia e uma autenticação
do documento”, tornando assim possível ao
aluno inscrever-se sem se deslocar aos serviços
académicos. Esta medida “tem vindo a ser
estudada há algum tempo”, confessa o responsável.
Para os antigos alunos, a semana de inscrições
começa amanhã, dia 1 de Setembro e dura
até dia 10. Para os novos alunos, as matrículas
têm início no dia 13 de Setembro, logo depois
de serem divulgados os resultados do Concurso Nacional
de Acesso ao Ensino Superior. As inscrições
dos caloiros prolongam-se até dia 17 de Setembro,
tendo em vista o facto de três dias depois se dar
início ao ano lectivo 2004/2005.
O calendário deste
ano "é de transição"
para uma nova grelha
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Premiar as horas de estudo e trabalho
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De entre as novidades programadas para este ano lectivo,
as inscrições on-line encabeçam a
lista. Mais horas de estudo e uma época de exames
mais curta são outros dos tópicos presentes.
Para 2004/2005 ainda foram marcadas épocas de exames
de recurso e especial, mas com uma duração
mais pequena. Esta actividade tende a desaparecer “num
futuro próximo”, avisa Melo Gonçalves.
Todo o trabalho desenvolvido pelos académicos tem
em vista as regras previstas no “ECTS – Sistema
Europeu de Transferência e Acumulação
de Créditos de Curso, um esquema que vai globalizar
e ser aplicado pelo Processo de Bolonha”, explica
Melo Gonçalves.
A UBI começa já este ano a definir as linhas
base deste diagrama. Isto é, “a aplicação
deste tipo de acumulação de créditos
exige várias modificações no sistema”.
Segundo os responsáveis pelos académicos
“a avaliação dos alunos vai basear-se
em grupos de 60 créditos”. Ao contrário
da fórmula que actualmente está em vigor,
todas as licenciaturas vão apresentar 60 créditos
anuais, o que representa “um maior número
de horas de aulas, mas sobretudo, de trabalho de pesquisa,
de estudo e de responsabilização do aluno”,
sublinha Carlos Melo. As horas dedicadas a trabalhos,
pesquisa e estudo, que depois podem ser traduzidas, pelos
docentes, em apresentações ou outras actividades,
“vão também contar para o aproveitamento
do aluno”. O aproveitamento escolar deste “vai
ser conseguido quando atingir, num ano, os 60 créditos
pretendidos”.
Esta forma de premiar o trabalho de estudo e as horas
de pesquisa dos alunos está prevista no Processo
de Bolonha. Melo Gonçalves refere que o sistema
ECTS é apenas um dos muitos pontos que “vão
mudar as Universidades”. Para já, a UBI,
está a tentar apanhar o comboio, “de forma
a que a implementação do processo não
seja, depois, tão brusca”. Os responsáveis
acreditam numa boa aceitação destas medidas
por parte dos docentes e alunos.
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