Embora os números
sejam insignificantes quando comparados com os do Verão
de 2003, Castelo Branco está em quarto lugar no
ranking dos distritos com mais área ardida este
ano. Segundo um estudo publicado na última semana
no Diário de Notícias, com base em dados
da Direcção-Geral dos Recursos Florestais
(DGRF), ardeu no distrito, até 8 de Agosto, uma
área de cinco mil 877 hectares. Um registo 13 vezes
inferior ao do ano passado, em que arderam mais de 77
mil hectares, só até 24 de Agosto.
Para além destes números, que colocam o
distrito no quarto posto da tabela da área total,
Castelo Branco ocupa também uma posição
de destaque quando se fala no povoamento florestal reduzido
a cinzas.
A Guarda aparece em nono lugar na lista dos distritos
com mais área “carbonizada”. Porém,
também os três mil 580 hectares queimados
este ano estão bastante distantes24 mil 474 do
“Verão quente” de há um ano
atrás.
Ao contrário do que sucedeu em 2003, em que morreram
cerca de 20 pessoas em consequência directa dos
incêndios, este ano não houve, felizmente,
mortes a lamentar, mas sucedem-se os casos de intoxicações
e queimaduras mais ou menos graves, cujas vítimas
são, invariavelmente, aqueles que combatem nas
frentes: os bombeiros.
Panorama podia ser pior
Segundo dados da DGRF, entre 1 de Janeiro e 8 de Agosto
deste ano, arderam cerca de 97 mil e 900 hectares (em
2003 foram mais de 277 mil). Mas o panorama, segundo os
responsáveis podia ser pior. Aliás, as perspectivas
dos responsáveis da Protecção Civil
eram bem mais pessimistas. Até porque, tal como
no último ano, registou-se uma onda de calor “anormal”
por todo o País, principalmente na última
semana de Junho. No entanto, durante esse período,
apenas se registaram dois incêndios que consumiram
acima dos mil hectares. E nenhum deles foi na região.
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