O director técnico
da Volta a Portugal em bicicleta, Joaquim Gomes, anunciou,
após um "balanço muito positivo"
à edição 2004, que o percurso do
próximo ano está 60 por cento definido e
termina em Viseu. "Quando terminou naquela cidade,
o ano passado, o público aderiu de forma incrível
e daí a manutenção da aposta. A Volta
de 2005 vai terminar em Viseu", anunciou Joaquim
Gomes, adiantando que "mais de 60 por cento do percurso
está definido".
Se falou do final, o director técnico da prova
não avançou nada em relação
à cidade que poderá acolher o início
e suceder às Termas de Monfortinho: "Ainda
não está determinada e depende dos 40 por
cento do traçado que ainda falta delinear".
O vencedor da Volta de 1989 e 1993 avançou que
pretende "apresentar bem mais cedo" a próxima
edição, que, "em princípio terá
o mesmo número de dias e deverá manter no
traçado a Senhora da Graça e a Torre, os
"dois pólos de maior atracção".
"Temos, no entanto, de ter em conta que a organização
custa mais de 2 milhões e 500 mil euros, pelo que,
eventualmente, poderemos ser obrigados a encontrar alternativas",
explicou, deixando no ar a possibilidade de a Torre sair
do mapa da Volta a Portugal. Em relação
à Serra da Estrela, Joaquim Gomes lembrou que a
mesma é uma dos "símbolos" da
prova, mas deixou claro que "é preciso que
exista o apoio de concelhos como a Covilhã, Manteigas
ou Seia".
Face ao mesmo problema, o Alentejo e o Algarve poderão
também continuar de fora: "Tal como a Serra
da Estrela, são locais históricos da prova,
mas, com 10 dias, é provável que em alguns
anos não entrem. Existem possibilidades, mas é
preciso apoio".
Sobre a edição que terminou no domingo,
8, com o triunfo do espanhol David Bernabéu (Milaneza-Maia),
Joaquim Gomes admitiu algumas falhas, como a verificada
no final da etapa de sábado, em Alcobaça,
mas fez um balanço globalmente "muito positivo".
"O que mais desejava era que hoje, no final, nenhum
ciclista pudesse dizer que não bateu o David Bernabéu
por causa da organização", disse Joaquim
Gomes, satisfeito por a Volta a Portugal continuar a ser
"um dos eventos mais populares do País".
Por seu lado, João Lagos, "patrão"
da Volta a Portugal, considera que, volvidos dois anos,
a aposta na organização da prova “foi
ganha, mas ainda existe um longo caminho a percorrer".
"Pelo que tenho ouvido, a Volta a Portugal está
melhor do que antes de nós chegarmos, mas, para
que atinja os padrões que pretendemos, temos muito,
muito para melhorar", frisa o presidente do concelho
de administração da PAD.
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