Oliveira tenta driblar um adversário do Penalva. O Covilhã ainda só conheceu a vitória nesta pré-época

Ficha do Jogo

Campo de Jogos Estádio José Santos Pinto (Covilhã)
(07-08-2004)



Árbitro: Pedro Henriques

Sp. Covilhã- 3
Luciano, Piguita, Cláudio, Trindade, Canário, Zé d’Angola, Cordeiro, Banjai, Luizinho, Cunha e Luís Pedro.
Treinador: Fernando Pires

Jogaram ainda: Luís Miguel, Óscar, Tarantini, Real, Oliveira, Nuno Coelho, Rui Morais, Káká, Célio e Tarzan

Penalva - 0
Nuno, Steven, Bruno Almeida, Mégane, Negrete, Penetra, Seixas, Marco, Tójó, Vaz Pinto e Sanussi
Treinador: Carlos Agostinho

Ao Intervalo: 3-0

Disciplina: Não foram mostrados cartões.

Marcadores:
Piguita (17), Cordeiro (37) e Luís Pedro (42).

Comentário da partida:

Está diferente este Covilhã de Fernando Pires (Fanã). Não é melhor nem pior que o de João Cavaleiro. Apenas diferente. Se com o “mítico” treinador viseense, os serranos praticavam um tipo de futebol directo, baseado no passe longo para os avançados, eliminando, na maior parte das vezes, o papel intermediário e construtivo de um médio, com o algarvio, os leões passa a privilegiar o passe curto, as triangulações e a progressão com bola.
E mais surpreendente é que os jogadores, principalmente os veteranos do clube, se estejam a sair tão bem com tão drástica mudança. Mas as diferenças em relação ao anterior técnico não se ficam por aqui. Também ao nível do treino se têm verificado alterações. O plantel, para além da carga de jogos (fez três em uma semana), treina intensamente e chega a ter três sessões diárias.

Alto rendimento
Covilhã demolidor na pré-temporada

O Covilhã de Fernando Pires conta por vitórias todos os jogos de pré-temporada realizados. Idanhense, Sátão e Penalva do Castelo não resistiram ao primeiro round.

Alexandre S. Silva
NC/Urbi et Orbi

Três jogos, outras tantas vitórias. É este o balanço do Covilhã quando a pré-temporada vai a meio. Recorde-se que os serranos estão a fazer a preparação para a próxima época em jogos a duas mãos com o Idanhense, Sátão e Penalva do Castelo (que também jogam entre si como se de um mini-campeonato se tratasse). Os leões da Serra ainda trabalham para atingir a melhor forma mas, a confiar nos resultados, parece estar no bom caminho. Uma proeza, uma vez que para além da sangria de jogadores, o plantel conhece, esta temporada, também um novo treinador.
Depois da vitória por 2-1, frente ao Idanhense, na segunda-feira, 2, os serranos deslocaram-se ao Sátão para o segundo encontro amigável da época. A turma serrana voltou a mostrar estar em fase adiantada da preparação e goleou os viseenses por 4-1. No último sábado, novo teste às capacidades dos covilhanenses e, nova vitória. Frente ao modesto Penalva do Castelo, os leões entraram bem, mas poderiam ter acabado melhor. Depois de uma primeira parte de um futebol agradável de seguir, e foram cerca de duas centenas os adeptos que acorreram ao Santos Pinto, veio uma etapa complementar confusa, de futebol partido e sem ligação. Valeram alguns lances individuais para dar algum sal a 45 minutos sensaborrões, a que não será alheio o elevado número de substituições efectuadas pelos treinadores. Por outro lado, ambas as equipas estão a jogar de três em três dias, pelo que, é natural o cansaço dos atletas.
Quanto ao jogo propriamente dito a vitória assenta bem ao Covilhã. A formação local teve quase sempre o jogo controlado e chegou a uma vantagem confortável ainda no primeiro tempo. Aos 17 minutos Piguita explica o porquê de ainda merecer um lugar entre os titulares de Fernando Pires apesar dos seus 34 anos. O central cabo-verdiano elevou-se mais que os defesas adversários e apontou de cabeça o primeiro da partida na sequência de um livre.
Também de bola parada surgiu o segundo golo vinte minutos depois. Cordeiro, descaído pela direita aponta exemplarmente um livre atirando directo à baliza de Nuno, impotente para travar o remate do esquerdino serrano.
Já em cima do intervalo foi a vez de Luís Pedro fazer o gosto ao pé. Ou melhor… à cabeça. O avançado viu a progressão de Canário pelo lado direito, fugiu à marcação e deu o melhor seguimento ao cruzamento do companheiro batendo Nuno pela terceira vez na tarde. De notar que o ex-Teixosense, em quem poucos apostavam para esta temporada, está a revelar-se a grande surpresa da pré-época. Luís Pedro é já o melhor marcador da equipa com quatro golos e tem marcado em todos os encontros. Frente ao Idanhense foi seu o golo da vitória, no Sátão bisou, e no sábado voltou a marcar. O jogador ainda está em período experimental, mas deve ver a sua permanência no plantel resolvida em breve, até porque Fernando Pires está contente com o progresso do atleta.
A segunda parte, embora igualmente disputada acabou por não ser tão agradável. Ambos os treinadores procederam a mudanças ao intervalo o que acabou por quebrar o ritmo da partida. O Penalva soltou-se mais e chegou, entre os 50 e os 70 minutos, a ter o controlo do jogo. Isto porque o meio-campo serrano, após a saída de Canário, era completamente inoperacional. Os da casa foram, porém, controlando os acontecimentos e dominaram os últimos 20 minutos da partida, altura em que até poderiam ter dilatado a vantagem.