Em 2001, logo após
a queda do tabuleiro da Ponte Hintze Ribeiro, que ceifou
a vida a meia centena de pessoas, o Instituto de Estradas
de Portugal (IEP), a mando do Governo, elaborou um estudo
sobre as travessias e viadutos que necessitavam de obras
de recuperação.
Segundo o documento apresentado poucos meses depois, haveria
no País 62 pontes a necessitar de intervenção
urgente, quatro delas na Beira Interior (duas em castelo
Branco e outras tantas na Guarda). Três anos e meio
volvidos, a mais recente actualização do
estudo do IEP dá conta de que apenas 19 já
foram intervencionadas, 11 tem os trabalhos a decorrer
dentro do previsto e 32 estão com as obras atrasadas.
A este respeito, a Beira Interior até pode ser
apresentada como exemplo a seguir. Das quatro pontes visadas,
três já estão em funcionamento, e
apenas uma espera financiamento para arrancar, encontrando-se
actualmente em estado de indefinição. Trata-se
da Ponte Internacional de Segura, que liga Portugal e
Espanha, no concelho de Idanha-a-Nova.
Já concluídas estão as obras da travessia
sobre o Rio Noémi e a ponte Sargento Rodrigues,
em Barca d’Alva, ambas no distrito da Guarda. Também
concluídas há mais de um ano estão
as obras de requalificação da Ponte Pedrinha,
no Concelho da Covilhã. A travessia aliás,
foi aberta ao trânsito no dia 1 de Junho de 2003,
após quase dois anos de interdição.
O IEP está agora a inspeccionar mais 600 pontes
em todo o País, o estudo deve ser apresentado nos
próximos meses e poderá incluir mais pontes
da região, embora o grau de urgência das
reparações seja muito menor. A Ponte Nova,
no Teixoso, palco de alguns acidentes nos últimos
anos, deverá ser uma delas.
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