A ajuda prestada pelo
Governo à empresa concessionária das Minas
da Panasqueira, a Beralt Tin & Volfram, desde Fevereiro,
para o pagamento de salários, terminou em Julho,
mas a entidade vai pedir ao Governo que essa ajuda seja
prolongada por mais quatro meses, até que cheguem
as novas máquinas, que vão fazer baixar
os custos de produção.
Depois de a Beralt Tin ter ameaçado em Fevereiro
fechar as portas por não ter capacidade para pagar
os salários aos mineiros estes têm sido pagos
através do Fundo de Garantia Salarial da Segurança
Social. Segundo a empresa o momento difícil devia-se
a uma quebra no mercado de volfrâmio e à
falta de encomendas. Em contrapartida, a Beralt Tin &
Volfram comprometeu-se a manter a actividade de exploração
e apresentá-la com condições de viabilidade
até Agosto.
A intenção era que durante esse período
de seis meses a empresa pudesse adquirir maquinaria nova
que permita reduzir os custos de produção,
cujos valores a administração diz que se
situam um pouco acima do preço de venda no mercado.
No entanto, e como os prazos de entrega são dilatados,
o novo equipamento ainda não chegou às Minas
da Panasqueira e, segundo os responsáveis, uma
máquina deve chegar em Setembro e a outra só
em Outubro. Entretanto, queixam-se do material obsoleto
que impede que o preço do produto final extraído
do subsolo, o tungsténio, seja competitivo no mercado.
Apesar da produção nesta exploração
ter sido a melhor dos últimos quatro anos e ter
atingido o valor recorde de 140 toneladas a Beralt Tin
diz que assegura os salários de Agosto dos mineiros,
mas sublinha que não tem grande margem para o fazer.
Para já a empresa aguarda uma audiência com
o Governo, pedida quando ainda estava em funções
o anterior executivo, para discutir a situação.
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