Não é propriamante
novidade o que a dupla Marcin Cichy e Igor Pudlo,
a mais recente contratação da Ninja
Tune, nos sugere.
Existem vários pontos em comum entre estes
polacos e os colegas Cinematic Orchestra. Também
aqui a memória do jazz – e ainda
do swing – estabelece a directriz do disco.
Por isso, por serem memórias, captações
sonoras, importa mais os excertos e a sua colagem
do que propriamente os instrumentos e a forma
como são vividos ou usados.
Esta linha trava a maior diferença entre
os Skalpel e os Cinematic Orchestra. Aqui vive-se
da colecção de discos e das horas
de audição. Nos Cinematic vive-se
maioritariamente da interpretação
e do uso de instrumentos. Estamos por isso diante
de um documantário sonoro? Sim. Mas adorávamos
poder ver e ouvir o arquivo discográfico
destes Skalpel.