Enter the Spektrum



Spektrum

 





Playhouse | 2004


Sting tinha um tema em que dizia algo como: «A história não nos ensina nada". Neste disco dos Spektrum um bom motivo para mostrar outra posição: ao longo da história sempre se aprende alguma coisa.
A pop possui uma longa história. É recente. vem desde há cerca de 60 anos - com algum esforço e alargando parâmetros... desde há umas nove décadas. Mas possui um legado enorme. A intensidade de edições, estilos, protagonistas, movimentos, progressos musicais e tecnológicos são uma enormidade e têm vindo a acentuar-se nos últimos anos.
O que encontramos neste «Enter The...», dos Spektrum, é um resumo reescrito desse trajecto, ficando para lá das influências. A forma como se baralha e dá de novo - e, claro está, dos efeitos que gera - depende da percepção que se tem das coisas: as antigas, as presentes... e as que se pretende criar. Mais do que reciclagem, o segredo está no carácter pessoal - expresso na personalidade e carisma - incutido ao que se faz. Daí a importância destes ingleses. Neste disco a Linha mestra é descaradamente pop. Mas deixa espaço para brilhar o funk. O funk-punk. O r&b. O electro. A dança apelativa, vibrando com a estupenda voz da nigeriana Lola Olafisoye. Uma sucessão de artificialismos reais. Assente no diálogo bateria-baixo. Enérgico. Sexy. E cativante. Por estes podemo-nos deixar conquistar.