A "Cultura e a
Interioridade", foi o tema que na passada semana
serviu de mote para os primeiros colóquios ibéricos
em Belgais, que decorreram no auditório da Escola
Superior de Educação em Castelo Branco.
Durante esta acção foram abordadas questões
em volta do tema "Cultura no Interior": Que
mais-valias pode trazer a sua difusão às
regiões desfavorecidas do Interior? Quais são
as perspectivas de mudança neste tipo de sociedade,
com uma forte presença cultural?".Ou ainda:
Até onde vai o conceito de cultura? O que é
cultura e que papel
assume na nossa sociedade? Porque é que se encontram
diferentes expressões culturais em sociedades diferentes?
Como se podem respeitar essas diferenças?".
A conferência de abertura contou com a presença
de membros da Diputacion de Salamanca, de Belgais, da
Câmara Municipal de Castelo Branco e da Fundación
Germán Sanchéz Ruiperez. Elisa Babo teceu
considerações acerca do estudo "Elaboração
de uma estratégia cultural para o concelho de Castelo
Branco-2002", elaborado pela empresa Quartenaire.Paulo
Raposo, professor do ISCTE conferenciou acerca da definição
de cultura.
Seguiu-se a apresentação dos estudos realizados
sobre os hábitos e equipamentos culturais, artísticos,
de leitura e tecnologias da comunicação,
dos territórios implicados no Projecto EET (Castelo
Branco e Peñaranda de Bracamonte), por Ricardo
López, responsável pela equipa coordenadora
do estudo (Universidade de Salamanca).
No final, Joana Pires, vice-presidente da direcção
da Associação de Belgais considerou os colóquios
"importantes em termos de conteúdo e de força
para todos nós", reconhecendo que "quando
às vezes temos vontade de desistir, estes projectos
mais antigos dão-nos uma força muito grande".
Segundo esta responsável, "a cultura não
pode ser elitista, mas sim o dia-a-dia, como o gesto de
apertar os sapatos", sendo importante "chamar
a atenção do poder político que os
projectos que se desenvolvem são movimentos sociais
importantes para a população".
|