Uma das conclusões deste
estudo prende-se com o aumento significativo da criminalidade
|
Mestrado em
sociologia
Estudar a criminalidade
O distrito de Castelo
Branco foi analisado durante oito anos pela autora da
tese. Tipos de crime, locais e reacções
das vítimas foram alguns do parâmetros estudados.
|
Por Eduardo
Alves
|
|
|
Um aumento de 38,4 por
cento na última década. O valor é referente
ao índice de criminalidade dos distrito de Castelo
Branco. Consta da tese de mestrado de Maria de Fátima
Salvado, apresentada no passado dia 16, na Universidade
da Beira Interior (UBI).
Depois de uma licenciatura em Sociologia, “onde já
trabalhei esta temática”, seguiu-se a tese
de mestrado sobre os crimes praticados em quatro concelhos
do Centro do País. Covilhã, Belmonte, Castelo
Branco e Fundão serviram de amostra para o estudo
intitulado de Criminalidade e Insegurança no distrito
de Castelo Branco”. Maria Salvado percorreu, durante
oito anos, “as esquadras de polícia e os organismos
de apoio às vítimas”, onde recolheu
depoimentos, números e tipos de crimes praticados
no distrito.
Uma temporalidade que ajudou a traçar as linhas mais
importantes do combate ao crime e da actuação
das forças policiais. Para além disso, “este
trabalho ajuda a olhar para os factores que levam ao aumento
do crime e do sentimento de insegurança”, explica
a autora do estudo. Uma das principais conclusões
retiradas da tese revela um aumento significativo do crime,
“de forma generalizada”. De entre os vários
tipos de delito, os que mais imperam são “crimes
contra o património e contra a integridade física”,
sublinha Maria Salvado.
Este tipo de delito “gera um forte sentimento de insegurança”,
ao que a autora do estudo atribuiu também “uma
certa desacreditação das forças policiais”.
A dissertação foi apresentada no anfiteatro
7.21 e teve como júri, Donizete Aparecido Rodrigues,
professor associado da Universidade da Beira Interior, Manuel
Gaspar da Silva Lisboa, professor auxiliar da Faculdade
de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova
de Lisboa, este como arguente e João Dias das Neves,
professor auxiliar da Universidade da Beira Interior. A
classificação alcançada por Maria de
Fátima Salvado foi de Muito Bom. |
|
|