A adesão a estes veículos ecológicos tem sido "bastante positiva", adiantam os responsáveis
Ambiente
Mini-autocarros eléctricos utilizados
por cerca de três mil e 500 pessoas

Entre 140 a 150 pessoas utilizaram, por dia, os mini-autocarros eléctricos (Gullivers) que circularam no centro da cidade no último mês, o que perfaz um total de cerca de três mil e 500 pessoas que andaram neste meio de transporte mais amigo do ambiente.


Por NC / Urbi et Orbi


Os mini-autocarros eléctricos circularam, gratuitamente, na cidade, entre a rua Cadetes de Toledo até à avenida 1º de Maio, passando pela Praça Camões, mais conhecida como Praça Velha, desde o dia 15 de Junho. O circuito do autocarro ecológico está sinalizado no pavimento por uma linha azul e não existem paragens, uma vez que o tempo de espera médio é de cinco minutos. Para entrar, bastava levantar a mão e para sair manifestar essa intenção ao motorista. Os mini-autocarros, de modelo Gulliver, fabricados em Itália, são silenciosos, não poluentes e circulam a uma velocidade máxima de 33 quilómetros/hora. Indicados para os centros históricos das cidades, estes veículos com apenas cinco metros de comprimento e dois de largura, têm capacidade para 22 passageiros (entre lugares sentados e em pé). No circuito da cidade de Castelo Branco, ficou de fora um dos principais elementos do núcleo histórico: o castelo. As ruas demasiado estreitas e as inclinações acentuadas ditaram essa exclusão, sobretudo, devido a custos de consumo energético. Cada mini-autocarro custa perto de 150 mil euros. As autarquias podem contar, através do Orçamento de Estado, com uma comparticipação que ronda os 50 ou 75 por cento.
O programa "Mini-autocarros eléctricos em frotas de transporte público urbano" é promovido e financiado pela Direcção-Geral de Transportes Terrestres (DGTT) e executado pela Associação Portuguesa do Veículo Eléctrico (APVE). A apresentação pública da avaliação da experiência pela APVE está marcada para segunda-feira, 19. Nesta data, os responsáveis deverão apresentar indicadores relacionados com a frequência da população, nível de satisfação e dados técnicos relativos ao consumo e poluição ambiental. Só depois de feita esta análise, a autarquia de Castelo Branco deverá tomar uma decisão quanto à continuidade ou não dos mini-autocarros.
No entanto, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão, considera esta experiência "positiva e de interesse a implementar". O autarca admite ainda que "é um defensor de serem adoptados estes autocarros" desde que "sirva a população e seja utilizado pelos albicastrenses".