Por João Alves
NC / Urbi et Orbi


Belmonte é uma das praias fluviais que registou, nas últimas análises, água de boa qualidade

Vai um mergulho? É esta a pergunta que muita gente já começa a fazer, pois o calor aperta e muita gente já pensa em ir a banhos. Na Beira Interior, o panorama não será diferente e existem muitos locais que costumam fazer parte das preferências dos banhistas, sobretudo as praias fluviais, embora na região esteja a crescer o número de praias fluviais. Porém, segundo a Quercus, das 335 zonas balneares do Continente, mais de dez por cento, ou seja, 37 delas, apresentaram durante o ano de 2003, pelo menos uma análise que indicava que a água não estava nas melhores condições. E destas 37, 22 são praias fluviais.
Na Beira Interior, o panorama, no que toca às praias fluviais, em 2003, não era animador, mas acima de tudo aceitável, tal como a qualidade da água. É que, segundo o Instituto da Água, nenhuma das zonas balneares dos distritos da Guarda e Castelo Branco conseguiu, ao longo de cinco anos seguidos, manter uma boa qualidade de água de forma regular, pelo que não conseguem entrar nas 169 que a Quercus avalia como tendo qualidade de ouro.
Segundo os resultados do INAG, relativos a 2003, no distrito da Guarda, nas praias classificadas como fluviais, Valhelhas, por exemplo, tinha uma água de qualidade aceitável, isto depois de no ano anterior ter enfrentado alguns problemas devido à poluição, quem "impestou" o leito do rio Zêzere com salmonelas. Também a praia fluvial de Aldeia Viçosa tinha uma aceitável qualidade de água, bem como a de Loriga, no concelho de Seia. A única que teve, no ano passado, água de boa qualidade foi a praia fluvial do Vale do Rossim, em plena Serra da Estrela, no concelho de Gouveia.
Já no distrito de Castelo Branco, a qualidade da água era aceitável na praia fluvial do Malhadal, na da Fróia e em Aldeia Ruiva, todas do concelho de Proença-a-Nova. Em Vila de Rei, no Pego das Cancelas, a praia tinha água aceitável, embora em 2000 conseguisse ter apresentado uma água de boa qualidade, a mesma situação que aconteceu na Sertã com a da Ribeira Grande, que agora também é de qualidade aceitável. Em Vila Velha de Ródão, também no ano 2000, a Azenha de Gaviões tinha água de boa qualidade, mas daí para a frente piorou, sendo que em 2001 chegou mesmo a ser má para agora, nos últimos dois anos estabilizar no aceitável.

Últimas análises revelam melhorias

O cenário, no entanto, parece estar em nítida transformação no que diz respeito à qualidade da água. Este ano, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) tem no seu site, as análises que são feitas, de tempos a tempos, às várias praias fluviais da Beira Interior, sejam elas praias classificadas ou apenas aspirem a sê-lo, sendo catalogadas de Zonas de Estudo. Segundo os dados desta entidade, na Beira Interior, com base nos resultados obtidos nos dias 8, 14 e 15 de Junho, existiam 10 praias que nessa altura tinham água de boa qualidade: Comportas (Almeida), a praia fluvial de Belmonte, Taberna Seca (Castelo Branco), Vale do Rossim (Gouveia), Valhelhas (Guarda), Cambas e Açude do Pinto (Oleiros), Malhadal e Fróia (Proença-a-Nova) e Loriga (Seia).
Já em São Roque (Almeida), Lageosa e Ponte do Ladrão (Celorico), Reboleira (Manteigas), Ponte de Juncais (Fornos de Algodres), Alcaria (Fundão), Ponte Nova e Ribamondego (Gouveia), Aldeia Viçosa (Guarda), Aldeia Ruiva (Proença), Devesa, Fóios e Quadrazais (Sabugal), Sandomil e Vila Cova a Coelheira (Seia), Ribeira Grande (Sertã), Pêgo das Cancelas, Penedo Furado, Fernandaires, Alcamim, Zaboeira e Arrancoeira (Vila de Rei) e Azenha de Gaviões (Vila de Velha de Ródão), a qualidade da água, nesta altura, era apenas aceitável.