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Segundo Amaral Lopes, o dinheiro para a futura Casa da Cultura está garantido

O secretário de Estado da Cultura, Amaral Lopes, homologou, no Fundão, o contrato-programa assinado entre a câmara local e o Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, que define um apoio financeiro de mais de dois milhões de euros à construção da nova Biblioteca Municipal fundanense. O edifício, situado junto ao tribunal da cidade, está já em fase adiantada de construção.
O documento integra este espaço bibliotecário na Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, uma realização conjunta do Ministério da Cultura e dos municípios nacionais, já com cerca de 250 estruturas contratualizadas, e que tem por finalidade “dotar os concelhos de equipamentos culturais que prestem um serviço público de leitura a toda a população, independentemente da idade, profissão, nível educativo ou sócio-económico”. Um modelo que o autarca do Fundão, Manuel Frexes, afirma ser “fantástico, porque assenta a sua execução na base das parcerias entre o Poder Local e Administração Local”.
Tendo em conta que, no Fundão, a autarquia não esperou pela confirmação do co-financiamento para avançar com a obra, o secretário de Estado classifica a atitude como “um exemplo para o País". Para Amaral Lopes, o projecto fundanense vai ao encontro das condicionantes impostas pelos dias de hoje, com a capacidade de vir a ser um polo de dinamização cultural e de acesso à cultura.
Já Manuel Frexes, considera que a futura Biblioteca é também um exemplo no que diz respeito à concepção do próprio edifício e aos seus objectivos. No Fundão, diz, está a crescer um espaço que o autarca define como “amplo, agradável, atractivo e que convida as pessoas a terem contacto com os livros”. “É importante fomentar os hábitos de leitura e aqui para além da tradicional sala de leitura, há outras valências que vão, por certo, atrair as pessoas, porque estamos numa biblioteca que não é orientada apenas para o livro”, sublinha o edil.
A Biblioteca cumpre, assim, outro dos requisitos essenciais para integrar a Rede Nacional, apostando na “prestação de serviços inovadores, recorrendo às novas tecnologias da informação e comunicação”. Manuel Frexes justifica: “Temos a parte infantil que convida as crianças, através de vários jogos, a ter contacto com a leitura, depois há a tradicional da sala de leitura, mas também as novas tecnologias, os jornais, a zona em que os idosos podem aceder ao jornal do dia, para além da localização geográfica, junto às escolas fundanenses, que permite que a população escolar tenha um acesso facilitado a este equipamento”.


Investimento "garantido" para a Moagem


O secretário de Estado da Cultura teve ainda oportunidade para ficar a par de outros projectos da autarquia fundanense, como por exemplo, a Casa da Cultura na antiga Moagem. Para este empreendimento, diz Amaral Lopes, já está "garantido parte do financiamento indispensável". Este será o processo mais avançado, embora Amaral Lopes diga que outros, como o museu de arqueologia, já tem "os mecanismos legais em marcha".
Já no que diz respeito à revitalização do Cine-Teatro Gardunha, Manuel Frexes diz que é um assunto que "não está esquecido". Já Amaral Lopes mostra a disponibilidade do Governo em apoiar o proejcto, embora saliente que "um Executivo não pode fazer promessas que não sejam concretizáveis". Para já, o governante aguarda que o edifício, pertença de particulares, passe para o domínio público e que depois si, lhe seja apresentado o projecto.