A Associação
Cultural da Beira Interior (ACBI) viu as suas pretensões
cumpridas em relação ao diferendo que mantém
com a Câmara Municipal da Covilhã, no que
diz respeito à suspensão de um protocolo
que existia entre ambos, suspensão essa que remonta
a Julho de 2002.
Depois da Provedoria de Justiça foi agora a vez
do Ministério das Finanças se pronunciar
sobre a matéria em causa. No relatório do
Ministério das Finanças pode ler-se que
“ a suspensão da vigência decretada
seria de considerar inválida e insusceptível
de, por si só, produzir efeitos relativamente à
co-celebrante ACBI”. Este órgão do
governo considera assim “inválida”
a medida tomada pela vereadora da Cultura, Maria do Rosário
Pinto da Rocha.
Devido às diferentes interpretações
do protocolo entre as partes envolvidas, o Ministério
das Finanças diz ainda que “em bom rigor
não poderia a autarquia (...) por si só
determinar a suspensão dos efeitos de protocolo
na sequência da interpretação que
fez das clausulas convertidas e invocar a respectiva invalidade,
devendo antes obter os efeitos pretendidos através
da acção a propor no tribunal competente”.
A ACBI “estranha” que a autarquia não
tenha suspendido mais nenhum protocolo com outras associações
de modo a cumprir o seu ponto de vista legal. Recorde-se
que o referido protocolo de cooperação cultural,
entre a ACBI e a Câmara da Covilhã, foi assinado
a 25 de Abril de 2001. O documento previa, na altura,
a continuação de alguns projectos e programas
musicais. Passado pouco mais de um ano, foi suspenso pela
autarquia contra a vontade da associação.
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