As comemorações,
"bodas de ouro", tiveram início por volta
das 19 horas com a apresentação do livro
dos 50 anos do Académico. Uma obra da autoria de
Sérgio Saraiva e Paulo Brás que faz o resumo
da vida do clube desde as suas origens até à
actualidade.
Em pleno discurso, Carlos Silva, presidente da colectividade,
dava conta da sua intenção de não
se recandidatar, o que apanhou a maioria dos presentes
de surpresa. Há sete anos à frente da colectividade,
o dirigente diz que é tempo de dar o lugar a outro.
Carlos Silva sublinha que durante os mandatos em que esteve
à frente do Académico a sua vida familiar
e profissional foi afectada e que a sua nova situação
profissional não lhe deixa muito tempo para dedicar
aos assuntos do clube. O dirigente sublinha, porém,
que nos últimos sete anos, os mais produtivos da
colectividade no que toca a desenvolvimento das infra-estruturas,
preparou gente para tomar as rédeas do clube e
que, por isso, “não se vai abrir nenhum vazio
directivo”. Por isso lança o repto aos sócios
para que, mesmo sem ele na direcção, continuem
a frequentar as instalações e a acreditar
nos novos directores. Carlos Silva aproveitou ainda a
presença do presidente da Assembleia Geral para
pedir a convocação de uma reunião
para definir o futuro do clube.
Das intervenções que se seguiram, quase
todas marcadas por fortes elogios ao trabalho desenvolvido
nos últimos sete anos de vida do clube, a mais
emblemática acabou por ser a de Joaquim Matias.
O vereador com o pelouro do Associativismo e do Desporto
na Câmara da Covilhã diz entender o motivo
pelo qual Carlos Silva se mostra renitente em continuar
à frente dos destinos do Académico, mas
apela ao ainda presidente que continue, “se não
na direcção, então como presidente
da Assembleia Geral”. O projecto do Académico,
diz, “ainda não está completo por
isso peço um último sacrifício de
não se desligar completamente dos Órgãos
Sociais para que não haja um corte umbilical”.
Bernardino Gata, novo Delegado Distrital do INATEL, afinou
pelo mesmo diapasão de Matias, e lança a
Carlos Silva o mesmo repto. Até porque os protocolos
celebrados recentemente entre a colectividade e aquela
instituição estão a ser revistos
e em breve poderão haver novidades.
Palavras que não demoveram Carlos Silva da sua
intenção de se retirar da presidência
da direcção. Resta, agora, saber se irá
aceder aos pedidos de ficar ligado aos Órgãos
Sociais do clube no próximo mandato.
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