Alexandre S. Silva
NC / Urbi et Orbi


Carlos Silva (terceiro a contar da esquerda) não deve voltar a candidatar-se

As comemorações, "bodas de ouro", tiveram início por volta das 19 horas com a apresentação do livro dos 50 anos do Académico. Uma obra da autoria de Sérgio Saraiva e Paulo Brás que faz o resumo da vida do clube desde as suas origens até à actualidade.
Em pleno discurso, Carlos Silva, presidente da colectividade, dava conta da sua intenção de não se recandidatar, o que apanhou a maioria dos presentes de surpresa. Há sete anos à frente da colectividade, o dirigente diz que é tempo de dar o lugar a outro. Carlos Silva sublinha que durante os mandatos em que esteve à frente do Académico a sua vida familiar e profissional foi afectada e que a sua nova situação profissional não lhe deixa muito tempo para dedicar aos assuntos do clube. O dirigente sublinha, porém, que nos últimos sete anos, os mais produtivos da colectividade no que toca a desenvolvimento das infra-estruturas, preparou gente para tomar as rédeas do clube e que, por isso, “não se vai abrir nenhum vazio directivo”. Por isso lança o repto aos sócios para que, mesmo sem ele na direcção, continuem a frequentar as instalações e a acreditar nos novos directores. Carlos Silva aproveitou ainda a presença do presidente da Assembleia Geral para pedir a convocação de uma reunião para definir o futuro do clube.
Das intervenções que se seguiram, quase todas marcadas por fortes elogios ao trabalho desenvolvido nos últimos sete anos de vida do clube, a mais emblemática acabou por ser a de Joaquim Matias. O vereador com o pelouro do Associativismo e do Desporto na Câmara da Covilhã diz entender o motivo pelo qual Carlos Silva se mostra renitente em continuar à frente dos destinos do Académico, mas apela ao ainda presidente que continue, “se não na direcção, então como presidente da Assembleia Geral”. O projecto do Académico, diz, “ainda não está completo por isso peço um último sacrifício de não se desligar completamente dos Órgãos Sociais para que não haja um corte umbilical”.
Bernardino Gata, novo Delegado Distrital do INATEL, afinou pelo mesmo diapasão de Matias, e lança a Carlos Silva o mesmo repto. Até porque os protocolos celebrados recentemente entre a colectividade e aquela instituição estão a ser revistos e em breve poderão haver novidades.
Palavras que não demoveram Carlos Silva da sua intenção de se retirar da presidência da direcção. Resta, agora, saber se irá aceder aos pedidos de ficar ligado aos Órgãos Sociais do clube no próximo mandato.