Ana Ribeiro Rodrigues
NC /Urbi et Orbi


O flagelo social que é o desemprego continua a alastrar no distrito de Castelo Branco

Contactar com as pessoas e sensibilizar a opinião pública e o poder local para o elevado desemprego, para o número de empresas que têm vindo a fechar e para a necessidade de adoptar novas políticas que invertam este quadro foi o objectivo da marcha organizada pela União dos Sindicatos de Castelo Branco (USCB), que na semana passada, viajou por Belmonte, Covilhã, Tortosendo, Fundão e a capital de distrito.
Empunhando cartazes e gritando palavras de ordem cerca de 150 pessoas caminharam em direcção à Praça do Município da Covilhã, por volta do meio-dia, onde três sindicalistas foram recebidos na câmara pelo vereador Joaquim Matias, para entregar a resolução que saiu da Conferência Distrital para o Desenvolvimento Económico e Social, realizada na Covilhã a 4 de Junho passado. Um documento onde Luís Garra, coordenador da USCB, diz que é feita uma radiografia dos problemas e são apontadas soluções que gostariam de ver concretizadas.
Segundo Garra, no último ano foram "destruídos", no distrito, 4 mil postos de trabalho, 75 empresas faliram ou estão em processo de recuperação e há mais de 10 mil trabalhadores no desemprego. Segundo Luís Garra não é visível nenhuma estratégia de desenvolvimento que inverta a actual tendência e sublinha que é importante alertar as pessoas para as políticas adoptadas pelo Governo, "que em vez de ajudar prejudicam".
Para o sindicalista este é o resultado de um modelo de desenvolvimento errado que não acautelou a revitalização do aparelho produtivo e que não diversificou as actividades económicas. Por isso reivindica "pelo menos" a implementação das medidas que constam nos estudos já feitos, o "Beira Baixa, que futuro?" e o Plano de Recuperação das Áreas e Sectores Degradados (PRASD).
Os delegados e dirigentes do sindicto dos professores, que marcharam ao lado dos trabalhadores do sector têxtil, o mais afectado, alertavam também para os cerca de 600 professores que se encontram no desemprego no distrito.