Uma auto-escada de
brinquedo a decorar o bolo de aniversário parece
ser a única que os Bombeiros Voluntários
da Covilhã (BVC) verão no seu futuro próximo.
No passado domingo, 27, comemoraram 129 anos, com a bênção
de três veículos novos: uma viatura de comando,
outra com características especiais de montanha,
com material de desencarceramento, e uma ambulância
de fisioterapia com rampa eléctrica.
A falta de uma auto-escada e a impossibilidade da sua
compra a curto e médio prazo é a grande
carência dos BVC, mas os mais de 500 mil euros necessários
à sua compra levam José Flávio, comandante
da corporação a admitir que “é
extraordinariamente difícil um corpo de bombeiros
adquiri-la”. Da mesma opinião, Emídio
Martins, presidente da Associação dos BVC,
considera que a actual viatura está desactualizada
e já não devia sequer estar em utilização.
Emídio Martins contou aos jornalistas uma outra
preocupação sua – a reestruturação
do quartel, dizendo que “a casa tem de ser completamente
transformada”. Destacou a difícil tarefa
de preservar as cerca de 50 viaturas dos BVC, classificando-a
de “quase milagre”. Um maior número
de camaratas e o rebaixamento do tecto existente.
João Esgalhado, o vereador com responsabilidades
delegadas na área da Protecção Civil,
aproveitou o almoço de festa para anunciar que
a autarquia iria apoiar o reforço do equipamento
do carro de intervenção rápida adquirido
este ano. “O grupo eléctrico em questão
irá reforçar a capacidade das máquinas
de desencarceramento e esperamos que este esforço
venha a salvar algumas vidas”, disse o responsável,
que lembrou ainda a ajuda à beneficiação
do talhão que está reservado aos bombeiros
no cemitério da cidade e que rondou os 12 mil e
500 euros.
BVC em 1035 páginas
João Nunes apresentou, na passada sexta feira,
25, “Vida e Obra dos Bombeiros Voluntários
da Covilhã - Ontem e Hoje Volume I” e “Vida
e Obra dos Bombeiros Voluntários da Covilhã
– Vultos da Sua História Volume II”,
nos Paços do Concelho. Seis anos após o
início do seu trabalho a autor covilhanense termina
uma obra que, nas suas palavras, “é uma marca
histórica que fica dos BVC para a eternidade”.
O presidente da Câmara da Covilhã, Carlos
Pinto, fez questão que o livro fosse lançado
na sede da autarquia, já que se trata de “uma
autêntica epopeia dos nossos bombeiros e que, mais
do que um repositório de histórias, constitui-se
como um serviço de voluntariado e um testemunho
bibliográfico para as gerações mais
novas”.
Os dois volumes custam 30 euros, um valor definido por
João Nunes aos editores, “de forma a que
seja acessível ao público em geral e não
apenas a um número restrito de eruditos”,
explica.
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