A Associação
Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI)
vai tentar “todas as vias legais ou outras”
para impedir a fixação de um valor mais
alto das propinas na UBI e, até, “pela diminuição
do valor da propina”. A promessa é feita
por Nuno Costa, presidente da AAUBI, que, desta forma
responde às declarações de Santos
Silva, Reitor da UBI, ao Jornal do Fundão,
onde anuncia uma subida no valor actual das propinas da
instituição de ensino para o próximo
ano lectivo.
O novo valor da propina, que para este ano lectivo foi
de 700 euros, deverá ser decidido no final deste
mês ou no início de Julho em reunião
de Senado mas, tal como disse Santos Silva àquele
semanário, “não deve ser fixada a
propina máxima prevista por lei” (860 euros).
O Reitor atribui as culpas às insuficientes verbas
do Orçamento de Estado (OE) para a instituição.
“Gasta-se 99 por cento do OE atribuído à
UBI em pagamento de salários”, destaca.
Nuno Costa adiantou ao Urbi et Orbi que, em reunião,
Santos Silva lhe disse que “a UBI atravessa algumas
dificuldades financeiras”. O dirigente estudantil
compreende a situação do Reitor, frisando
que “a responsabilidade não lhe cabe a ele
(Reitor), mas sim à Lei (de Bases do Financiamento
do Ensino Superior), que desresponsabiliza o Governo e
passa a «batata quente» às universidades
públicas”.
O dirigente estudantil diz-se “preparado para lutar”.
“Vamos fazer tudo o possível e imaginável
para combater a fixação de uma propina mais
alta e mesmo depois da sua fixação, seja
este qual for o valor, porque acreditamos que deveria
ser instituído o mínimo previsto por lei”
(460 euros), conta Nuno Costa.
Durante esta semana, a direcção da AAUBI
vai reunir com os representantes eleitos pelos alunos
para o Senado “para se fazer um trabalho preparatório
da abordagem a tomar”. Após a reunião,
os estudantes terão uma posição final
sobre o que será feito no dia da reunião
de Senado.
O Reitor da UBI descreve
o aumento como "inevitável"
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Santos Silva explicou a Nuno Costa que a reunião
só aconteceria no final do mês, já
que estará à espera da atribuição
de vagas para poder fazer cálculos mais exactos.
“Eu não sei se será exactamente por
isso. É uma medida inteligente”, diz o dirigente
estudantil em tom irónico, atirando a sua teoria:
“Poderá ser uma forma de evitar as contestações
dos estudantes, uma vez que vai decorrer numa altura em
que a maioria está em altura de exames ou já
em férias.”
”Sabemos de antemão que qualquer proposta
feita ao Senado será aprovada por maioria”,
lamenta, já que o conjunto dos representantes dos
docentes e funcionários é suficiente para
aprovar o valor das propinas que será proposto
por Santos Silva. De qualquer forma, o presidente da AAUBI,
garante que se “vai tentar mobilizar o maior número
possível de pessoas”.
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