Serra da Estrela
Falta de verbas afecta Aldeia de Montanha
Falta de verbas afecta
Aldeia de Montanha nas Penhas da Saúde.
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NC / Urbi et
Orbi
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O reforço de sete milhões de euros do FEOGA
(Fundo Europeu de Orientação e Garantia
Agrícola) para a prevenção de incêndios
e rearborização da região da Acção
Integrada de Base Territorial (AIBT) do Pinhal Interior
foi o ponto mais polémico da proposta de reprogramação
do Programa Operacional da Região Centro (PORC)
aprovada por maioria, há duas semanas em Coimbra.
A questão foi levantada por vários elementos
da Comissão de Acompanhamento do PORC, entre os
quais o presidente da Câmara da Covilhã,
Carlos Pinto, que considerou "incompreensível
que se retirem verbas do programa regional para cumprir
um programa que é nacional".
Na origem da indignação de vários
elementos ligados à Acção Integrada
de Base Territorial (AIBT) da Serra da Estrela esteve
o facto de a reserva de eficiência (85,285 milhões
de euros) e a reserva de programação (os
tais sete milhões) não terem beneficiado
aquela região, precisamente uma das que contribuiu,
com uma taxa de execução de 92 por cento,
para a conquista daquele montante.
"Não posso deixar de manifestar o meu desalento
por a eficiência ter sido premiada com zero de afectação",
lamenta o coordenador da AIBT da Serra da Estrela, Lemos
Santos. E, referindo-se à justificação
para o reforço do FEOGA na AIBT do Pinhal Interior
- a dimensão da catástrofe ocorrida em 2003
naquela região, onde foi consumida 24 por cento
do total de área ardida no país - também
o presidente da Câmara de Manteigas, José
Manuel Biscaia, sublinhou que não aceita "que,
para resolver um problema nacional e não da Região
Centro, se retirem verbas a outra AIBT's".
Com um milhão de euros em caixa para novos projectos,
segundo Lemos dos Santos, não resta à AIBT
nada mais senão "gerir as obras em curso e
preparar uma candidatura para o próximo Quadro
Comunitário de Apoio". Já segundo Carlos
Pinto, as obras para o aldeamento de Montanha nas Penhas
da Saúde vão ser afectadas por esta falta
de dinheiro, já que "são precisos dois
milhões de euros".
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